27/11/24 14h48

Governo de SP firma parceria com Movimento Circular para acelerar sustentabilidade nas empresas

Acordo fechado via SDE e InvestSP visa ações de conscientização e incentivo a projetos de economia circular

InvestSP

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE), por meio da InvestSP (agência de promoção de investimentos vinculada à pasta), firmou parceria com o Movimento Circular para incentivar e acelerar ações voltadas a economia circular e transição energética. O anúncio foi feito nesta terça-feira (26), durante o Circular Experience 2024, evento promovido pelo Movimento Circular, com apoio da Scania, que reuniu líderes do poder público, da iniciativa privada e do terceiro setor, em São Paulo, para debater o assunto. 

A partir do acordo, InvestSP e Movimento Circular devem desenvolver algumas inciativas em conjunto, que vão desde a troca de conhecimento e o trabalho de conscientização sobre o tema, com debates e eventos, até ações práticas como apoio técnico a projetos de economia circular desenvolvidos por empresas e governos. 

“O cumprimento da meta de neutralizar as emissões de carbono em São Paulo até 2050 depende da transição para uma economia mais verde, com reaproveitamento de materiais, menor dependência de matéria-prima ‘virgem’ e destinação correta de resíduos”, destacou a coordenadora de Economia Circular da InvestSP, Natália Biesiada. “Para isso, temos que incentivar o debate entre a sociedade, o poder público e o setor privado e garantir condições favoráveis para que as empresas invistam em economia circular.” 

A InvestSP segue as trilhas de desenvolvimento definidas pela SDE, e prioriza a atração e o apoio a projetos públicos e privados voltados para temas como economia circular, transição energética e adensamento das cadeias produtivas. Ao longo do ano foram firmados acordos parecidos com o Hub de Economia Circular Brasil, a Rede ACV e o Instituto Nacional da Reciclagem, também com foco na atração de investimentos em economia circular. 

A agência também atua junto à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL) para incentivar projetos de economia verde em São Paulo, e atua na interlocução entre empresas que querem investir em economia circular e transição energética e o Governo do Estado; e desenvolve um trabalho de inteligência para apoiar a definição de políticas públicas sobre os temas.  

FECLIMA'24 

Já na segunda-feira (25), a InvestSP participou do FECLIMA'24 – Fórum Empresarial de Soluções para o Clima, organizado por OFUTURO, em parceria com: Governo de São Paulo (por meio de SDE, SEMIL e InvestSP), Echos Desirable Futures e Blanko. 

O encontro, também na capital paulista, reuniu líderes de empresas como: Pepsico, Natura, ArcelorMittal, Nestlé, Boticário, Google, Microsoft e CCR para debates sobre soluções inovadoras para combater as mudanças climáticas, incluindo o uso de Inteligência Artificial, e possíveis formatos de Parceria Público-Privada (PPP). 

A coordenadora de Economia Circular da InvestSP, Natália Biesiada, mediou o painel “Fechando o ciclo: soluções corporativas para a nova economia circular”, com representantes de Grupo Boticátio, Braskem e Electrolux, e apresentou como a InvestSP pode auxiliar as empresas em seus projetos de circularidade. 

Além do trabalho de suporte às empresas, outra ação de destaque da InvestSP na questão da transição energética é o incentivo à cadeia do biometano. Em setembro, ela lançou, em parceria com a SEMIL, outros órgãos ligados ao Governo do Estado e representantes do setor produtivo, a plataforma Conecta Biometano SP.

Produtores, comercializadores, prestadores de serviços, fornecedores de equipamentos, entidades de pesquisa e até bancos que financiam esses projetos, por exemplo, podem se cadastrar na plataforma, que ajudará empresas e gestores públicos a encontrar possíveis fornecedores e parceiros para projetos de transição energética com uso do biometano. 

“São Paulo é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, cuja vinhaça é usada como matéria-prima para fabricação do biometano. Limpo e renovável, ele é considerado uma das opções mais viáveis para a descarbonização dos transportes pesados nos próximos anos”, afirmou Natália Biesiada.