Governo de São Paulo discute, na COP29, estratégias de mitigação usando o biometano
O potencial de geração do biocombustível é de 6,5 milhões de metros cúbicos por dia, o que representa 50% de todo o consumo de gás natural do estado
Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e LogísticaO Governo de São Paulo vem anunciando diversas ações para descarbonização no estado. A produção de biometano é uma das estratégias para aumentar o uso de energias renováveis e reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE).
Com o objetivo de compartilhar as experiências de sucesso de São Paulo e agregar novos conhecimentos, a subsecretária de Energia e Mineração, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Marisa Barros, tem participado de diversos painéis na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, no Azerbaijão.
Durante os encontros, Marisa destaca o grande potencial de produção que pode impulsionar toda a cadeia do biometano no estado, chegando a 6,5 milhões de metros cúbicos por dia.
“O biometano é uma das estratégias mais importantes para mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Para se ter uma ideia de representatividade, quando alcançarmos o nosso potencial total – 6,5 milhões – produziremos 50% de todo o consumo de gás natural do estado. É uma maneira de reduzirmos as emissões de metano na atmosfera e substituirmos os combustíveis fósseis”, exemplifica.
A subsecretária ressalta que o setor contribuirá, ainda, para geração de renda e a união de segurança energética e economia circular. “Com o aumento da demanda, haverá também o desenvolvimento da indústria de equipamentos e serviços de biogás e biometano. Além disso, a estimativa de geração de empregos é de mais de 20 mil postos de trabalho”, cita.
Valorização do mercado
Como parte do plano de incentivo à produção de biometano em São Paulo, a Semil vem estudando a implantação do certificado de garantia de origem desse combustível renovável.
A partir dessa medida, que será inédita no país, as empresas com o compromisso de descarbonização poderão utilizar o atributo ambiental do biometano e contabilizá-lo no inventário de compensação de emissões de gases.
“Estamos discutindo com agentes econômicos e entidades do setor diretrizes para tornar o uso do certificado uma realidade no estado. Com isso, vamos assegurar a procedência do biometano e, consequentemente, auxiliar na viabilidade econômico-financeira dos projetos”, comenta a subsecretária de Energia e Mineração, da Semil, Marisa Barros.
Essa iniciativa irá alavancar a expansão do biocombustível, contribuir para o abatimento das emissões de carbono, além de atrair mais investimentos para todo o setor.