04/02/11 10h53

Gol vai ampliar em 50% a rede de lojas para cargas

Valor Econômico

A Gollog, unidade de transporte de cargas da Gol Linhas Aéreas, planeja aumentar em 50% a sua quantidade de lojas em 2011, quando completa 10 anos de atividade. A ideia é passar das atuais 96 unidades para 144, por meio de franquias. O investimento para isso não foi divulgado. A atual rede de lojas da Gollog, que atende 2 mil cidades, tem apenas dois estabelecimentos próprios. Os 48 pontos de venda que serão inaugurados este ano serão franquias, informa o diretor de cargas da Gol, Carlos Figueiredo. Segundo ele, a cobertura da empresa saltará para 3 mil municípios com a expansão. "Crescemos acima da média do mercado em 2010 por causa da expansão das unidades franqueadas. Abrimos 28 lojas no ano passado. Também criamos uma unidade de novos negócios", afirma Figueiredo. A Gollog também conta com oito fora do país, na América do Sul. Este ano será inaugurada mais uma, em Caracas (Venezuela).

De acordo com ele, faturamento da Gollog, não divulgado, cresceu 32% no ano passado, na comparação com 2009. Já o movimento do mercado teve expansão entre 12% e 14%. Para 2011, Figueiredo acredita numa expansão de 33%. O faturamento da Gollog faz parte dos serviços auxiliares, que atualmente respondem por cerca de 12% da receita total da Gol. A companhia estima que em cinco anos a contribuição de outras receitas vai aumentar para 15%, sendo que a Gollog tem o maior peso dentro dessa fatia.

Cerca de 20% do faturamento da Gollog é gerado com cargas expressas. Os 80% restantes são as chamadas cargas standard. A diferença entre as duas está no prazo de entrega da encomenda. A entrega da encomenda expressa é feita em até 24 horas, com a entrega na porta do destinatário. A standard, por sua vez, leva até 72 horas para ser entregue, mas a retirada tem de ser feita no aeroporto. "A carga expressa é até três vezes mais rentável", diz Figueiredo.

Ele conta que o plano de expansão da Gollog prevê três tipos de pontos de venda. São lojas tradicionais, quiosques ou contêineres que são usados como pequenos escritórios em áreas portuárias, como no Porto de Suape, em Pernambuco. A Gol, diz Figueiredo, não tem planos de montar uma frota própria para o transporte de cargas. A empresa usa o compartimento de cargas dos aviões para passageiros. São 112 aeronaves e 900 voos por dia.