GLP amplia investimentos por conta da demanda de Rio e São Paulo
Com taxa de ocupação de 95%, empresa deve entregar 350mil metros quadrados neste ano
Brasil EconômicoDe olho em um setor com potencial de crescimento, a Global Logistic Properties (GLP)—empresa que constrói galpões logísticos para locação há pouco mais de um ano no Brasil—espera entregar pelo menos 350 mil metros quadrados de galpões neste ano. Recentemente, a companhia, que atua também na China e no Japão, firmou contrato com a Riachuelo. A partir deste mês a varejista ocupará dois galpões no GLP Guarulhos.
“Há um potencial latente no setor, que precisa de produtos mais adequados às operações logísticas das empresas. Há uma carência de galpões de boa qualidade. Hoje, a companhia já tem 1,2 milhão de metros quadrados, com taxa de ocupação de 95%, o que mantém nosso nível de investimentos. Temos ainda carteira potencial para desenvolver mais um milhão de metros quadrados”, diz a diretora de Desenvolvimento e Novos Negócios da GLP, Clarisse Etcheverry.
Segundo a executiva, o foco da empresa está no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Estamos próximos dos grandes centros consumidores”, explica, acrescentando que a GLP é dona de dez condomínios logísticos, entre eles, GLP Pavuna e GLP Guarulhos, e que os principais clientes estão no varejo, e-commerce, indústria, além dos transportadores logísticos. Há ainda mais quatro projetos em andamento.
“Temos alguns investimentos no Nordeste, mas olhamos caso a caso. Lá, atuamos de forma Diferente do mercado de São Paulo, por exemplo, onde compramos o terreno, desenvolvemos o parque e esperamos pelo locatário”, explica Clarisse.
A executiva afirma, no entanto, que o mercado brasileiro ainda apresenta grandes desafios, como a falta de infraestrutura e a logística concentrada no modal rodoviário. “Nosso mercado se profissionalizou há cinco anos. Ele tem características diferentes da China e do Japão. Aqui temos uma estratégia voltada às rodovias, focada em locais que favoreçam a distribuição. Estar perto delas ainda é essencial para a nossa decisão de investimento. Mas também já olhamos para o modal ferroviário”, destaca. De abril a setembro de 2013, a empresa teve receita líquida de US$ 277 milhões, sendo o Brasil, com clientes como Ponto Frio e Ambev, responsável por 5%.