30/07/07 11h57

Gestão ambiental movimenta US$ 501 mi este ano

Gazeta Mercantil - 30/07/2007

A preocupação ambiental e os prejuízos que um passivo pode acarretar em processos de fusões e aquisições têm feito com que as indústrias brasileiras gastem cada vez mais com tratamento e transporte de resíduos, assim como com correções de problemas. A soma dos investimentos nessas três áreas, que totalizou R$ 1,22 bilhão (US$ 501 milhões) em 2005, deve chegar a R$ 1,4 bilhão (US$ 643 milhões) em 2006 e, se mantido o ritmo de crescimento, alcançará R$ 1,6 bilhão (US$ 831,6 milhões) este ano, segundo estudo realizado pela PricewaterhouseCoopers, a pedido da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), divulgado com exclusividade para este jornal. A entidade e a consultoria acabaram de finalizar os dados da pesquisa relativa a 2005. Essa é a primeira vez que se mede o volume de resíduos coletados, assim como os gastos com gestão ambiental das indústrias brasileiras. Há dois anos, de acordo com a pesquisa recém-finalizada, foram tratadas 3,3 milhões de toneladas de resíduos industriais. Esse volume deverá chegar a 3,6 milhões de toneladas este ano. Dos R$ 1,22 bilhão (US$ 501 milhões) gastos em 2005, R$ 433 milhões (US$ 178 milhões) (35%) foram destinados para o tratamento de resíduos e líquidos, R$ 412 milhões (US$ 169 milhões) (34%) foram gastos com o transporte e gerenciamento e R$ 375 milhões (US$ 154 milhões) (31%), com passivos ambientais das indústrias. Entre os setores que mais gastam com os três itens estão as indústrias petroquímica, química, alimentícia e siderúrgica. De acordo com Diógenes Del Bel, presidente da Abetre, o número de empresas que destinam cada vez mais recursos para gestão ambiental deve continuar crescendo.