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General Mills tem novo comando no Brasil

Valor Econômico - 07/07/2008

Depois de quase quatro meses fora do mercado, a Frescarini, marca de massas frescas da General Mills, preparava sua volta nesse último final de semana. Dois restaurantes de Campos do Jordão (SP) seriam o palco do "Festival de Massas Frescarini". No entanto, as massas não chegaram. Se os restaurantes serviram talharim e capellettis, não eram Frescarini. Isso porque a empresa, há mais de 30 dias sem presidente, acaba de ser assumida pelo argentino Pablo Pla, recém-chegado ao Brasil, que ordenou a suspensão de todas as ações promocionais e de comunicação da companhia. Com isso, a marca, que até o início do ano era líder de mercado, com 20% das vendas em volume, terá de esperar mais para voltar aos supermercados. O problema é que desde que o desabastecimento da Frescarini começou, após um incêndio em sua fábrica na Argentina, os concorrentes aceleraram a produção para aproveitar a chance de ganhar novos consumidores. "Normalmente, a indústria de massas frescas trabalha com uma capacidade produtiva que chega no máximo a 80%", diz o presidente do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado de São Paulo (Simabesp), José dos Santos dos Reis. "Mas com a saída da Frescarini, as sete marcas nacionais que restaram estão trabalhando com mais de 85% da capacidade instalada", afirma. "O espaço foi tomado pelos concorrentes", conclui. Uma dessas marcas é a Massa Leve, de São Bernardo do Campo (SP). "Nosso faturamento cresceu 26% nesse primeiro semestre em relação aos primeiros seis meses de 2007", diz Rubens Ceragioli, diretor comercial e um dos sócios da empresa. Com isso, o setor conseguirá fechar 2008, segundo estimativas do Simabesp, com os mesmos números de 2007: venda de 110 mil toneladas de produtos, o que resulta em um faturamento de R$ 605 milhões (US$ 378,1 milhões).