11/11/10 11h45

GE terá nova fábrica de locomotiva no país

Valor Econômico

Enquanto amplia a fábrica de locomotivas que tem em Contagem (MG), a GE já estuda a construção de nova unidade no país, ainda sem local e valor do investimento definidos. A multinacional pretende diversificar seu portfólio e atingir o mercado externo. Segundo afirmaram ontem os executivos da GE Transportation ao Valor, os recursos iniciais para a ampliação totalizarão US$ 50 milhões até 2012. "Os investimentos começaram em setembro. Logo vamos dobrar nossa produção de locomotivas (no Brasil)", afirmou o presidente mundial da GE Transportes, Lorenzo Simonelli.

O projeto de expansão envolve três fases. A primeira, a ser finalizada em março, será voltada para a ampliação da unidade produtiva atual. A segunda fase, que deverá ser concluída no fim do ano que vem, envolverá a construção de um novo prédio e de duas novas linhas de produção na área já existente. Essas duas fases devem consumir os US$ 50 milhões previstos. A terceira fase do projeto será a construção da nova fábrica. "Esperamos concluir as três fases até o fim de 2012", disse Simonelli. Segundo o presidente da GE Transportation para América Latina e África, Guilherme Segalla, a fábrica de Contagem atende bem à demanda do mercado brasileiro. A ideia da multinacional é expandir a produção para dar conta também do mercado externo, tornando o Brasil um centro exportador.

Com a expansão, está prevista a contratação de 200 funcionários no ano que vem. Os investimentos na área de locomotivas fazem parte do total de US$ 500 milhões anunciados ontem pela GE. Segundo informou a multinacional, US$ 200 milhões serão destinados ao aumento de capacidade das fábricas e no desenvolvimento de produtos para os negócios de energia, óleo e gás no Brasil. Outros US$ 200 milhões serão direcionados à expansão da capacidade e à construção de novas linhas de produção das unidades da GE Healthcare, GE Transportation, GE Aviation. Segundo apurou o Valor, dentro desse montante estão incluídos US$ 20 milhões para a construção de uma fábrica na área de iluminação, cuja localização ainda não foi definida. Os restantes US$ 100 milhões vão para o novo centro de pesquisas. A cidade do Rio de Janeiro foi a escolhida para abrigar o centro, cujo foco será o desenvolvimento de tecnologias para as indústrias de óleo e gás, energias renováveis, mineração, transporte ferroviário e aviação.