09/06/09 14h44

GE inclui Brasil entre os nove países prioritários no mundo

Valor Econômico

A americana General Eletric (GE) anunciou ontem a criação de uma nova plataforma de negócios, que visa à intensificação do relacionamento da empresa com os governos de nove países. A estratégia da companhia envolve o tratamento dos governos como clientes diferenciados, e se foca no melhor posicionamento da companhia como fornecedora no setor de infraestrutura desses países. Farão parte desta nova plataforma Brasil, China, Canadá, EUA, França, Alemanha, Inglaterra, Arábia Saudita e Japão. No Brasil, será criada uma nova estrutura de trabalho para lidar com a detecção das oportunidades do setor. "Vamos desenvolver mais soluções integradas para suprir as necessidades de infraestrutura do país", afirmou João Geraldo Ferreira, agora à frente da nova área de negócios e nomeado como presidente da companhia no Brasil.

Ferreira explicou que esta nova plataforma tende a ser forte no Brasil, enfatizando que, com a sua nomeação para o cargo, a partir de agora, a GE Brasil terá um comando próprio. "O que mostra a importância do país para a empresa", enfatizou. Até então, Marcelo Mosci comandava o grupo na América Latina e Brasil. Agora Mosci assume a GE Healthcare na China, enquanto Rogério Patrus fica com a presidência na América Latina. Ferreira disse ainda que a GE Brasil irá formar um time de profissionais específicos para a nova plataforma. Serão contratados três profissionais, nas áreas de comunicação corporativa, inteligência de mercado e regulamentação.

O desafio dessa equipe no Brasil é aproveitar as oportunidades em quatro frentes, identificadas pela empresa como as que o governo brasileiro atuará em seu plano de estímulo econômico. São elas o PAC Federal, investimentos do BNDES, o PAC paulista e os investimentos da Petrobras. Ontem o grupo anunciou ainda que a GE Oil & Gas assinou um contrato de US$ 250 milhões para o fornecimento de 250 sistemas de cabeças de poços para a Petrobras. O acordo já faz parte da estratégia de aproximação com o governo brasileiro e prevê a entrega do primeiro sistema no próximo mês. O contrato terá duração de três anos. Com a implementação dessa nova estratégia, os contratos fechados com o governo, que antes representavam 8% do faturamento da empresa no Brasil, devem fechar 2009 com fatia de 15%.