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Frota nova paulistana favorece o melhor ano em vendas de ônibus

Valor Econômico - 12/07/2007

O Brasil, que já era até aqui o maior fabricante mundial de ônibus, vai ostentar a posição este ano com muito mais fôlego. A estabilidade econômica estimulou renovações de frotas nas maiores cidades do país. Mas os contratos que mais atraem a indústria estão na cidade de São Paulo, que tirará os veículos com mais de 10 anos das ruas até 2008. Com a previsão de venda de 22 mil veículos, este será o melhor ano do setor no país e as carteiras de pedidos estão tomadas. No período de 2000 a 2005, o mercado brasileiro recebeu a média de 16 mil ônibus novos por ano. Em 2006, as vendas somaram 18,8 mil, último recorde do setor, que se prepara agora para um novo salto. Os fabricantes dos veículos afirmam que se prepararam para o aquecimento que começou a dar sinais já no ano passado. Essa indústria não pode descuidar da exportação. De uma produção de 33 mil unidades em 2006, mais de 14 mil seguiram para outros países. O primeiro grande sinal veio da maior cidade do país. Um termo de compromisso da Secretaria Municipal de Transportes com as concessionárias e os consórcios de empresas de transporte, publicado em abril de 2006, definiu não apenas a retirada dos coletivos com mais de 10 anos das ruas como novos padrões para os zero quilômetros. A frota paulistana soma perto de 15 mil coletivos. Destes, cerca de 4,9 mil serão trocados. As adaptações incluem o rebaixamento do piso dos ônibus, aumento da largura das portas e áreas reservadas para cadeirantes. Microônibus com apenas uma porta e corredor estreito não serão mais aceitos no sistema de transporte paulistano. As mudanças darão um novo perfil ao transporte público de São Paulo, que começará a ganhar um formato mais próximo de cidades em que existe um transporte coletivo organizado, como é Curitiba (PR).