29/01/08 11h10

Friboi diz que UE não ameaça seu resultado

Gazeta Mercantil - 29/01/2008

As restrições impostas pela União Européia ao boi brasileiro serviram para comprovar que a estratégia adotada do JBS Friboi de descentralizar suas atividades estão corretas, segundo procura demonstrar nota enviada ontem pela empresa à Bovespa. A nota se refere à decisão de Bruxelas de só autorizar a importação de carne do Brasil a partir do dia 1º de fevereiro se forem cumpridas as novas normas de rastreabilidade do gado bovino definidas pelo bloco. Para o Grupo JBS Friboi, essas exigências européias levarão a uma redução nos volumes exportados de carne in natura pelo Brasil, o que poderá ser contornado pela empresa por causa da sua descentralização. "Acreditamos que as medidas irão impactar de forma negativa as exportações de carne bovina in natura para o bloco europeu a partir da redução da oferta do produto para os países do bloco". Para a empresa, o impacto da medida já se reflete no mercado. "Houve aumento nos preços da carne bovina in natura por tonelada, considerável alta na demanda e nos preços por produtos industrializados do Mercosul e por fim aumentos significativos da exportação de carne in natura brasileira para a União Européia no mês de Janeiro de 2008", diz Sergio Longo, diretor de Finanças e de Relações com os Investidores da JBS S/A. Seguindo a sua política de governança corporativa e transparência junto ao mercado e seus acionistas, a empresa realizou uma análise sobre os possíveis impactos das novas medidas da UE sobre os resultados da companhia. A JBS poderá apresentar um acréscimo em torno de R$ 177 milhões (US$ 100,6 milhões) sobre o EBITDA, que contempla Lucro Operacional antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, estimado anteriormente sem considerar as prováveis novas medidas da União Européia.