24/07/18 12h17

Franca lidera geração de emprego no interior de SP

GCN Franca

Por Carolina Ribeiro

Franca é a cidade do interior do Estado de São Paulo que lidera a geração de empregos neste ano. Com um saldo de 5.390 vagas entre janeiro e junho, a cidade se destaca entre as que mais contrataram nos últimos meses, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados semana passada. O número, porém, representa queda de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 6.001 vagas foram abertas.

Com saldo de 3.488 vagas no período, a indústria foi a responsável pelo maior número de contratações. Apenas no setor calçadista, segundo dados do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), foram 3.124 contratações.

“A redução de emprego e produção do setor calçadista de Franca vem acontecendo desde novembro de 2013. No ano passado, estimamos que produzimos em Franca 28,9 milhões de pares. A nossa previsão para este ano é de 28,1 milhões de pares. Com isso, o número de empregos tende a cair, já que nos primeiros meses do ano de 2018 não recuperamos os empregos perdidos na sazonalidade do final de 2017”, explicou o presidente José Carlos Brigagão do Couto.

O setor de serviços, com saldo de 1.199 vagas nos primeiros seis meses do ano, foi o segundo que mais gerou postos de trabalho. Em seguida, estão a agropecuária (355); construção civil (193) e comércio (131).

Junho

Apesar do resultado expressivo, em junho Franca registrou um saldo negativo de empregos, quando foram fechadas 604 vagas a mais do que as abertas no período. Ontem, os números por setores foram corrigidos e, diferentemente, do que foi publicado pelo Comércio da Franca no último sábado, 21, são um pouco piores. Enquanto a indústria fechou 527 vagas no período, o setor de serviços fechou 160 postos e a construção civil, 23. Já no caso da agropecuária, foram criadas 69 vagas.

“O período da greve dos caminhoneiros e também o cenário político estão diretamente ligados ao resultado das vagas de empregos, que foi bem aquém das expectativas de crescimento projetadas no início deste ano. Temos um desemprego muito alto e a nossa economia (do Brasil) é diretamente voltada para o mercado interno, e enquanto não forem criadas mais vagas ficaremos em um círculo vicioso de difícil solução e que só tende a piorar”, disse o economista Hélio Braga Filho.