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FMU rechaça fusões e planeja investir US$ 14 milhões

Valor Econômico - 11/11/2008

Em meio às fusões e aquisições que borbulham no setor de educação, a FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) afirma que quer crescer com as próprias pernas. Para sustentar esse crescimento, a instituição de ensino investirá R$ 30 milhões (US$ 14 milhões) em expansão no próximo ano, quando pretende atingir um aumento de 30% a 35% no número de alunos. Em 40 anos de atividades é a primeira vez que a FMU contrata um executivo para tocar a gestão do negócio que tem 24 mil alunos. Até então, a administração da universidade estava a cargo do fundador, o professor Edevaldo Alves da Silva, que hoje preside a entidade mantenedora da FMU. Sua mulher, Labibi Elias Alves da Silva, é a reitora. Nos últimos anos, a FMU vinha registrando um crescimento tímido no volume de matrículas, algo entre 5,5% e 7%. O maior aumento deve acontecer em 2009, quando a previsão é saltar entre 30% e 35% no volume de alunos e ultrapassar a casa dos 30 mil universitários. "É o nosso melhor desempenho nos últimos cinco anos. Fizemos várias ações de marketing na internet e em escolas de ensino médio", disse o vice-reitor da FMU, cuja mensalidade média é de R$ 600 (US$ 279). A FMU vai investir R$ 30 milhões (US$ 14 milhões) na construção de um campi, na avenida Brigadeiro Luiz Antônio, na região oeste da cidade de São Paulo, e na reforma de outra unidade que estava desativada há três anos, no bairro do Morumbi. Desse investimento, 70% vêm do caixa da FMU e a outra parte virá de um parceiro que ajudará na construção de um teatro na Brigadeiro, onde antes funcionava o hotel Danúbio. "Nosso planejamento foi feito antes da crise financeira, mas não mudamos nada", disse. A FMU possui atualmente sete campi na capital paulista, onde são ministrados 65 cursos de graduação.