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Flórida busca mais negócios com Brasil

Gazeta Mercantil - 05/11/2007

Uma missão com mais de 200 representantes de empresas, chefiada pelo governador da Flórida, Charlie Crist, inicia hoje em São Paulo uma série de eventos com o objetivo de ampliar a relação comercial daquele estado norte-americano com o Brasil. No ano passado a corrente de comércio bilateral somou US$ 11,5 bilhões e a meta para 2007 e ir além de US$ 12 bilhões, especialmente com o aumento dos negócios nas áreas de energia alternativa e de aviação comercial. Na esfera pública, Crist deve assinar hoje, com o governador de São Paulo, José Serra, memorando de entendimento para cooperação nas áreas de segurança, biocombustíveis e desenvolvimento sustentável. Com o setor privado o encontro acontece na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), tendo o etanol como tema principal. A preocupação da Flórida com aquecimento global levou o governo estadual a tomar decisões com o objetivo de reduzir em mais de 25% as emissões locais de gases causadores do efeito estufa em um período de 18 anos. Segundo o coordenador da área comercial do consulado dos Estados Unidos em São Paulo, Renato Sabaine, responsável pela missão, os norte-americanos têm grande interesse em conhecer mais a fundo a tecnologia da produção do etanol. Com esse objetivo, Crist tem agendadas, para amanhã, visitas a fazendas no município de Barra Bonita, interior paulista. Na quarta-feira será a vez da Embraer receber parte da comitiva da Flórida. Depois segue para o Rio de Janeiro, onde deverá encontrar-se com o governador Sérgio Cabral e empresários. II Expo Flórida Um maior contato entre os empresários norte-americanos e brasileiros deverá acontecer durante a II Expo Flórida, nos dias 6 e 7 deste mês, na Câmara Americana de Comércio (Amcham), com a realização de seminários, rodadas de negócios e exposições. O Brasil é o principal parceiro comercial da Flórida que, no ano passado, vendeu àquele estado um total de US$ 3,5 bilhões e comprou dele US$ 8 bilhões (inclui todos os bens exportados via Flórida, não considerando a origem). O déficit para o nosso lado é motivado pelas importações de produtos de elevado valor agregado, em especial equipamentos médico-hospitalares, eletroeletrônicos e de telecomunicações, além de tecnologia da informação (TI). Já a Flórida compra aviões e componentes aeronáuticos, calçados e veículos automotores, entre outros.