Flores e plantas ornamentais - produtor tecnifica-se e exporta
O Estado de S. Paulo - 16/11/2006
Para acompanhar o crescimento das exportações de flores e plantas ornamentais, produtores traçam estratégias mais amplas, além do oferecimento de um produto de qualidade. Como o mercado externo sempre busca produtos novos, duradouros e a preços competitivos, é essencial investir em tecnologia e escala de produção e, assim, garantir espaço lá fora. O valor acumulado das exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais, que incluem mudas, flores e botões de corte, folhagens e ramos cortados frescos, atingiu, de janeiro a setembro, US$ 24,2 milhões, ou 16,1% a mais em relação ao mesmo período de 2005 (US$ 20,9 milhões). A previsão é a de que o País feche o ano com exportações entre US$ 28,5 milhões e US$ 30 milhões, segundo o consultor Antonio Hélio Junqueira. Já o presidente do Instituto Brasileiro de Floricutura (Ibraflor), Kees Schoenmaker, crê que o País fechará em US$ 30 milhões as exportações. O Brasil contabiliza 30 destinos compradores - 14 países da Europa, além de Estados Unidos, Canadá, Japão, China, Hong Kong, Tailândia e países das Américas do Sul e Central e África. A Holanda continua sendo o principal destino, com mais de 50% dos embarques.
O produtor William José de Wit, de Holambra (SP) - um dos principais pólos produtores e exportadores de flores e plantas do País, comercializa e exporta toda a produção via cooperativa. Ele produz, além de mudas, cerca de 25 mil vasos de violeta e 5 mil vasos de azaléia por semana, em 7 hectares. Outro produtor que se vale dos serviços de uma cooperativa é Alexandre Hiranaka, de Atibaia (SP), que produz, por ano, 300 mil vasos de orquídeas e 80 mil hastes, em 5 hectares. "Da cooperativa as flores são vendidas no Brasil e no exterior", diz ele, que destina 40% da produção de corte para atacadistas e 60% para o mercado externo.