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Flex fuel promove engenharia nacional

Gazeta Mercantil - 28/09/2007

A tecnologia flex fuel, que já é referência no mercado mundial, fez crescer no Brasil os investimentos na área de pesquisa. As três fabricantes - Magneti Marelli, Delphi e Robert Bosch, que mantêm aqui o seu principal centro de desenvolvimento do sistema que permite utilizar álcool e gasolina no mesmo tanque de combustível, vão ampliar o departamento de engenharia. Na Magneti Marelli, empresa do grupo Fiat, o aumento no número de engenheiros será de 30%, com a contratação de mais profissionais até 2009. Hoje trabalham na empresa 240 profissionais de engenharia, dos quais 110 são dedicados ao desenvolvimento da tecnologia flex fuel. A Robert Bosch, que tem cerca de 400 engenheiros dedicados ao desenvolvimento da tecnologia flex fuel, já iniciou a contratação de mais profissionais. Na Delphi uma das áreas que mais cresceram no Brasil foi a de pesquisa, que está instalada em Piracicaba, interior de São Paulo. A engenharia brasileira de desenvolvimento da empresa saiu fortalecida por suprir requisitos indispensáveis, a começar da competitividade. As três sistemistas preparam para lançar no mercado brasileiro a segunda geração da tecnologia flex fuel, para melhorar a performance da partida a frio, reduzir o consumo de combustível, e o índice de emissões de poluentes. Nos próximos dois anos a Magneti Marelli vai aumentar em 50% a área física da sua fábrica de Hortolândia, interior de São Paulo, de 2 mil para 3 mil metros quadrados para começar a produzir no final de 2008 nova geração de bicos injetores. A principal função deste componente é melhorar o desempenho dos motores flex fuel, reduzindo em até 7,8% o consumo de combustível. Para este produto, a empresa está investindo € 8 milhões, quantia que envolve a construção de nova unidade junto ao complexo industrial, onde são fabricados atualmente sistemas de injeção e peças eletrônicas. Bonfiglioli informou que a Magneti Marelli negocia com a matriz, na Itália, novo programa de investimentos para suas fábricas no Brasil. A expectativa do CEO da empresa, é que o valor a ser aplicado nos próximos cinco anos seja superior aos R$ 100 milhões (US$ 51,18 milhões) que a companhia investe anualmente no Mercosul. A Bosch tem programado para 2008 o investimento de R$ 140 milhões (US$ 71,65 milhões) para a sua fábrica de Campinas (SP). Além da tecnologia flex fuel, o valor será aplicado também na área diesel e de componentes. Além do reconhecimento das matrizes como o principal centro de desenvolvimento, a tecnologia flex fuel - um projeto pioneiro da indústria brasileira - já é referência no mercado mundial.