15/04/11 10h51

Fleury vai unir 13 laboratórios em uma só marca

Valor Econômico

Após um ano e meio de estudos, o Fleury definiu como será sua estratégia de crescimento nas regiões fora do Estado de São Paulo, praça onde a marca é bastante conhecida. Nos outros Estados brasileiros, a empresa de medicina diagnóstica de alto padrão é desconhecida e o poder aquisitivo em outras regiões costuma ser menor em relação ao dos clientes paulistas.

Há alguns anos, o Fleury tentou entrar no Rio e em Brasília, mas a expansão foi tímida, com apenas uma unidade em cada uma dessas cidades. Com essa experiência na bagagem, a empresa agora montou uma estratégia nacional. O Fleury vai unificar 13 laboratórios em uma única marca, cujo nome não foi revelado e será anunciado ao mercado no fim de maio. "A ideia é atender os públicos das classes B e C com essa nova marca, que terá o endosso do grupo Fleury", disse Omar Hauache, novo presidente do Fleury, que assumiu o posto há três semanas.

A nova marca do grupo Fleury chega ao mercado com cerca de 100 unidades distribuídas em São Paulo, Bahia, Paraná, Pernambuco, Rio e Rio Grande do Sul. Serão mantidas as marcas paulistas Fleury e Campana, a gaúcha Weinmann, a carioca Lab's e a baiana Diagnosson. "Esses laboratórios têm uma forte tradição em suas respectivas regiões. Por isso vamos preservar esses nomes", explicou Hauache. Nesse processo, os laboratórios Criesp, Lego, URP, Biesp e Di (São Paulo), Qualitech (Bahia), Champagnat (Paraná), Paulo Loureiro (Pernambuco), Helion Póvoa, Daflon, Maiolino e Centro de Mastologia (Rio) e Faillace (Rio Grande do Sul) terão seus nomes alterados para a nova marca. Todos esses laboratórios regionais foram adquiridos nos últimos nove anos pelo grupo Fleury, que fez no total 25 aquisições nesse período.

Hoje, as unidades laboratoriais externas (localizadas fora de hospitais) voltadas para o público B e C representam quase 30% da receita bruta da empresa, que no ano passado somou R$ 853,5 milhões (US$ 484,9 milhões). Entre as aquisições, merece destaque a compra do carioca Lab's por R$ 1 bilhão (US$ 568,2 milhões) que pertencia à rede hospitalar D'Or. "Mesmo com a aquisição do Lab's mantemos o projeto de novas aquisições. Com a conclusão da compra do Lab's nosso caixa ficará negativo, mas é um endividamento que representa apenas uma vez o ebitda [fluxo de caixa] e é de longo prazo", diz o executivo.