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Financiamento imobiliário reage a juro mais baixo

Valor Econômico - 07/05/2007

Em resposta à redução dos juros para o crédito habitacional, anunciada na semana passada pelo governo, os bancos já se movimentam para mostrar a evolução do setor. O Santander divulgou volume recorde no primeiro trimestre, 112% superior ao mesmo período do ano anterior. Já o Banco do Brasil anunciou o fim do período de teste para entrar de vez nesse segmento. Na última quinta-feira, o Conselho Curador do FGTS aprovou a redução da taxa de juros de 8% para 6,5%, ao ano, mais a variação da TR (taxa referencial) para financiamentos imobiliários destinados à classe média, para famílias com renda mensal entre R$ 3,9 mil (US$ 1,9 mil) e R$ 4,9 mil (US$ 2,4 mil). Segundo estudo feito pelo diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, a queda das taxas pode representar economia de até R$ 15 mil (US$ 7,4 mil) no total pago pelos clientes dos bancos.  "Toda redução é importante, mas as taxas têm de cair mais", alerta. Para ele, o ideal são os juros praticados no exterior, entre 4% e 6% ao ano. Aqui estão próximas de 10% ao ano. O FGTS foi responsável por quase metade dos empréstimos desse segmento no ano passado (R$ 11 bilhões/US$ 5,4 bilhões). O restante (R$ 9,5 bilhões/US$ 4,7 bilhões) foi formado por recursos da poupança. Além disso, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o avanço na concessão de financiamentos com recursos da poupança foi de 73% no primeiro trimestre de 2007. A expectativa da instituição é que o montante atinja R$ 13 bilhões (US$ 6,4 bilhões) neste ano.