Fim do monopólio em SP é uma oportunidade
O Estado de S. Paulo
O fim do monopólio do serviço de pedágio eletrônico nas rodovias paulistas fez brilhar os olhos da americana Intermec, que está no Brasil há 12 anos e fornece tecnologia para essas operadoras. Com fábrica em Itajubá, no interior de São Paulo, a empresa produz equipamentos e softwares de captura e transmissão de dados. No Brasil, uma de suas grandes apostas está nos pedágios. Neste ano, a Sem Parar, que tem entre seus principais acionistas a concessionária CCR, passou a disputar esse mercado com a fluminense DBTrans e com a recém-criada ConectCar, joint venture entre Odebrecht e Grupo Ultra/Ipiranga.
Qual será o impacto dessa mudança para a Intermec?
Estamos investindo nessa tecnologia no País há três anos, desde a criação do Siniav, que é o sistema de identificação eletrônica de veículos do governo federal. O fim do monopólio em São Paulo gera uma nova oportunidade de negócios no fornecimento de tags, leitores e serviços para as operadoras. Esperamos aumentar nossa receita no Brasil em 20% até 2014. Hoje, nosso faturamento representa cerca de 7% da receita global, de US$ 800 milhões.
A Intermec já fornece tecnologia para a ConectCar. Vocês fecharam exclusividade?
Temos uma parceria forte com a ConectCar, mas sem exclusividade. Já fornecemos tags para Artesp em São Paulo e leitores para as mais diversas concessionárias de rodovia.
Que tipos de serviços podem ser oferecidos pelas operadores nos chips de pedágio?
Fornecemos as ferramentas não as soluções. Mas a tecnologia pode ser usada, por exemplo, como meio de pagamento para dar acesso a áreas restritas, como shoppings, condomínios e eventos.