12/02/08 10h45

Fim de patentes preocupa as grandes farmacêuticas

Valor Econômico - 12/02/2008

As mulheres que sofrem com ossos fragilizados podem ter comemorado a data de 6 de fevereiro. Nesse dia, venceu a patente do remédio contra osteoporose Fosamax, da Merck, e os pacientes puderam começar a comprar versões genéricas. Os preços, levando em conta casos passados, deverão ficar entre 40% e 60% mais baixos do que os US$ 90 por mês que o Fosamax costuma custar. O forte declínio de preço dos genéricos, no entanto, traz inquietação aos laboratórios farmacêuticos. Apenas neste ano, mais de dez drogas importantes perderão a proteção de patente e não há substitutos com vendas similares à vista saindo das linhas de produção. Em 2010, Lipitor, um redutor de colesterol de altas vendas, perderá a patente. O medicamento mais vendido do mundo gerou vendas de US$ 13 bilhões para a Pfizer no ano passado e a empresa ainda está por lançar algum remédio de vendas similares. A consultoria IMS Health informa que até 2011 medicamentos com vendas de US$ 60 bilhões verão a patente expirar. Fabricantes de genéricos, que detém 60% do mercado de vendas sob receita nos Estados Unidos, só têm a ganhar. Os grandes laboratórios, contudo, tentam estancar essa corrida aos genéricos com a criação de uma categoria relativamente nova: a de genéricos de marca. Basicamente, o fabricante original licencia cópias exatas de seu remédio de marca para um fabricante de genéricos, o que lhe permite receber parte da receita com as vendas. A estratégia atrai os pacientes que se sentem mais confortáveis com um nome familiar. A Merck, por exemplo, assinou um acordo em 11 de janeiro para fornecer o Fosamax à Watson Pharmaceuticals.