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Festo planeja dobrar participação do Brasil na companhia até 2014

Gazeta Mercantil - 11/11/2008

A crise está fora do foco Eberhard Veit, principal executivo da Festo, fabricante alemã de equipamentos para automação industrial. A empresa mantém altas taxas de crescimento nos principais mercados em que atua e Veit não planeja reduzir as projeções, pelo menos por ora. Mesmo nos Estados Unidos, onde os abalos financeiros tiveram início e há a ameaça de recessão, os negócios da Festo chegam ao final de 2008 com alta de 17%. Na China, terceiro maior mercado entre os mais de cem em que a empresa está presente, o crescimento anual baterá os 20%. Já no Brasil, onde a Festo se instalou há 40 anos, a variação deve chegar a 13%, para R$ 280 milhões (US$ .130 milhões) "Quando a economia vai bem, os clientes nos procuram para ampliar a produção. Se há recessão, eles nos procuram para se tornarem mais competitivos", afirmou o executivo. "A crise ensina as empresas a se fortalecerem. Em vez de pensar em recessão, pensamos em inovação para de qualquer forma, estarmos preparados caso algo aconteça", disse. No Brasil, a impressão é a mesma. Embora os R$ 250 milhões (US$ 130,2 milhões) que a Festo Brasil faturou em 2007 representem pouco mais de 5% no faturamento global da empresa (€ 1,7 bilhão, ou R$ 4,7 bilhões), o País representa o quarto maior mercado da Festo - atrás da matriz, na Alemanha, Estados Unidos e China. A colocação leva em consideração não só faturamento mas também a relevância estratégica da região. Conforme Veit, o centro de desenvolvimento e pesquisa brasileiro é um dos principais entre os 26 que a companhia mantém fora da Alemanha. No plano de metas que a Festo acabou de fechar até 2014, o objetivo é que os negócios no Brasil dobrem de tamanho em cinco anos. Isso será possível com o crescimento de setores a que atende, entre eles automotivo, indústria de alimentos, petróleo e gás e outros - mesmo que alguns já comecem a mostrar uma reversão. Na semana passada, dados da Associação Nacional dos fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revelaram uma queda de 2,1% nas vendas de automóveis em outubro, comparado ao mesmo mês de 2007. Foi a primeira retração no setor depois de dois anos. "Mesmo com uma queda no setor automobilístico, por exemplo, estaremos acomodados em níveis bem altos", disse o presidente da Festo no Brasil, Waldomiro Modena.