FAPESP e IMA firmam acordo para pesquisa tecnológica em startups voltada à qualidade
Agência FAPESPA FAPESP e a Informática de Municípios Associados (IMA), empresa de economia mista voltada à prestação de serviços na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e que tem como principal acionista a prefeitura de Campinas, assinaram na quinta-feira (1º/10) um acordo de cooperação para apoiar a investigação científica e tecnológica realizada em pequenas empresas sediadas no Estado de São Paulo.
O objetivo do acordo, válido por cinco anos, é promover projetos cooperativos de pesquisa que levem principalmente ao desenvolvimento de novas tecnologias, sistemas, softwares e aplicativos, entre outros.
Os projetos devem ter como base temas estabelecidos conjuntamente pela FAPESP e pela IMA, visando à busca de ideias que, aplicadas, possam tornar as cidades mais inteligentes e humanas.
Empresas com até 250 empregados, sediadas no Estado de São Paulo e preferencialmente em fase inicial de atividades (startups), podem apresentar projetos relacionados, primordialmente, a soluções tecnológicas pautadas em “Cidades Inteligentes” e “Internet das Coisas”, visando à melhoria do cotidiano nas cidades.
Para o presidente da FAPESP, José Goldemberg, trata-se de uma ótima oportunidade para a pesquisa mostrar-se mais próxima do cidadão, beneficiando-o com seus resultados. “Estamos satisfeitos que Campinas, uma das cidades mais progressistas em tecnologia no Estado de São Paulo, apoie um convênio assim”, disse.
Campinas é uma das cidades paulistas que mais concentram projetos de pesquisa apoiados pela FAPESP no âmbito do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), com 223 projetos de pesquisa finalizados ou em andamento.
Fábio Pagani, presidente da IMA, disse que Campinas é uma cidade reconhecidamente de base tecnológica e que a temática principal das propostas a serem apresentadas foi definida em razão de projetos piloto bem-sucedidos, como o iPlantão, software de gestão que administra escalas de médicos e outros profissionais nas unidades básicas de saúde do município, e o Gliconline, aplicativo de acompanhamento que auxilia no controle de diabetes.
“O modelo que estamos criando é novo no Brasil. As empresas nascentes trazem ideias e nós fornecemos os mecanismos para viabilizar essas ideias. Queremos agora, com este acordo, expandir esse modelo”, afirmou.
O prefeito de Campinas, Jonas Donizeti, também participou do evento. “Temos agora a importante chancela da FAPESP aliada à expertise da IMA. Acredito que haverá muito interesse das empresas, e isso será muito bom para os municípios.”
Segundo ele, a iniciativa ajuda a olhar para o futuro, quando os municípios terão uma nova configuração a partir do uso de novas tecnologias para a operação dos serviços públicos, especialmente em áreas como saúde e educação.
De acordo com Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação, esse acordo poderá ajudar a FAPESP a expandir o apoio às pequenas empresas da região de Campinas. “Todas as semanas, um projeto proveniente de uma pequena empresa da região de Campinas é aprovado na FAPESP, mas empresas sediadas em outras regiões do Estado de São Paulo também poderão encaminhar propostas de pesquisa no âmbito deste acordo”, observou.
Também participaram do evento Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente da FAPESP, Maurício Juvenal, chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Carmino Antonio de Souza, secretário municipal da Saúde de Campinas, Márcio Ricardo, diretor técnico da IMA, Paulo Zanella, diretor administrativo-financeiro da IMA, Edvar Pera Junior, diretor executivo do Núcleo Softex Campinas, que apoia soluções de startups com o tema “Cidades Inteligentes”. Ainda este ano uma chamada de proposta deverá ser lançada.