Fapesp e Biozeus investem R$ 10 milhões para desenvolver remédios
Investimentos e NotíciasA Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Biozeus Desenvolvimento de Produtos Biofarmacêuticos S.A. anunciaram em 3 de setembro uma Chamada de Propostas para apoiar projetos de pesquisa com potencial de gerar novos medicamentos de uso humano. A pesquisa deve atender a uma necessidade médica real, com benefícios concretos para pacientes.
A Chamada foi lançada no âmbito do Acordo de Cooperação entre a FAPESP e a Biozeus, assinado em novembro de 2014. As propostas devem ser encaminhadas até 18 de novembro e a divulgação do resultado da seleção de projetos está prevista para 10 de março de 2016. O conjunto de projetos selecionados poderá receber até R$ 10 milhões, divididos igualmente entre a FAPESP e a Biozeus. Podem participar pesquisadores ligados a instituições de ensino e pesquisa, públicas ou privadas, no Estado de São Paulo.
“O acordo FAPESP-Biozeus cria oportunidades para que a excelente pesquisa em ciências da vida em São Paulo encontre conexões com empresas e com aplicações. A FAPESP apoia uma carteira grande de pesquisa em ciências da vida e, ao mesmo tempo que valoriza a ciência fundamental, espera que todas as oportunidades para conectar seus resultados a aplicações sejam exploradas, ajudando assim a fazer do Estado de São Paulo um polo mundial da nova bioeconomia”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
O interesse da chamada é apoiar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento sobre novos compostos (biológicos, pequenas moléculas quimicamente sintetizáveis, ou ativos isolados e identificados, extraídos de elemento da biodiversidade) para aplicação em saúde humana. As propostas devem apresentar claramente os impactos das novas alternativas de tratamento geradas nas áreas de alergologia, cardiologia, doenças degenerativas, infecciosas ou inflamatórias, endocrinologia, geriatria, hematologia, nefrologia, oncologia, ortopedia, pediatria, pneumologia e urologia, entre outras.
“Uma análise do setor de biotecnologia em saúde humana no Brasil demonstrou a existência de projetos de pesquisa em desenvolvimento nas Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) do país com potencial para chegar ao mercado. Por meio desta iniciativa com a FAPESP, a Biozeus pretende contribuir para o avanço das etapas iniciais do desenvolvimento dos projetos gerados em São Paulo, colaborando para que a pesquisa se torne aplicável e beneficie o paciente”, revela Luis Eduardo Caroli, CEO da Biozeus.
As propostas de pesquisa não podem estar sob obrigação de confidencialidade e devem prever duração máxima de quatro anos, em duas etapas de dois anos. Os projetos aprovados serão apoiados para desenvolver as provas de conceito e os ensaios pré-clínicos que visam provar a eficácia, segurança e patenteabilidade do ativo, assim como a viabilidade técnica, econômica e comercial do seu desenvolvimento.