Falling Walls Lab Brazil 2020 seleciona ideias brasileiras para competição internacional
FapespJonas Cunha da Silva, estudante do curso de Engenharia de Bioprocessos da Universidade Federal do Pará (UFPA), foi eleito o inovador do ano pelo júri do Falling Walls Lab Brazil 2020. A etapa brasileira, que elegeu as ideias mais transformadoras de 2020 no país, foi realizada em um formato digital com transmissão ao vivo pelo YouTube do Centro Alemão de Ciência e Inovação (DWIH São Paulo), instituição promotora do evento no Brasil.
Para escolher o vencedor, o júri, composto por profissionais da área acadêmica, de negócios e jornalismo científico, considerou três critérios: caráter inovador, relevância e impacto da proposta, bem como a capacidade de comunicação dos competidores.
Silva concebeu a ideia de um bioplástico líquido, feito a partir de cascas de frutas que funciona como uma película protetora dos alimentos, prolongando sua vida útil. O objetivo da proposta é reduzir o desperdício na cadeia agrícola de alimentação.
Mariana Moraes, pesquisadora do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, ficou com a segunda colocação da competição. Ela propõe, por meio de simulações computacionais quânticas, o estudo de cada etapa de uma reação enzimática. Esse levantamento orientaria a criação de enzimas com novas funções para serem aplicadas na indústria. Essas enzimas, segundo Moraes, poderiam substituir substâncias químicas altamente tóxicas ao meio ambiente.
Silva representará o Brasil na fase internacional do FWL e Mariana Moraes, segunda colocada, também participará da competição mundial.
Apoiados pela Euraxess Brazil, os dois primeiros colocados do FWL Brazil terão apoio profissional internacional para gravar um novo vídeo pitch, com o qual disputarão a fase mundial do Falling Walls Lab. Os vídeos dos 100 participantes desta etapa serão publicados em uma plataforma on-line e, assim, divulgados e promovidos em todo o mundo pela instituição alemão Falling Walls Foundation (FWF) e seus parceiros. Um júri internacional de alto nível selecionará 10 finalistas para a grande final do FWL, neste ano rebatizada de categoria Emerging Talents no novo concurso Breakthroughs of the Year.
Caroline Trevisan Weber, pesquisadora PhD em engenharia química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ficou com a terceira colocação, com a proposta de criação de pequenas unidades de biorrefinarias automatizadas e monitoradas remotamente. A ideia é que resíduos não utilizados pela agricultura sejam transformados em produtos como etanol e desinfetante nessas biorrefinarias.
Weber também conquistou o Prêmio de Empreendedorismo do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) e o Prêmio do Público. Ela participará da Innovation Week 2020, um programa sobre inovação e empreendedorismo aplicado por universidades alemãs sob a supervisão do DAAD.
O FWL Brazil 2020 foi organizado pelo Centro Alemão de Ciência e Inovação (DWIH) São Paulo em parceria com a FWF, o DAAD, o Ministério Federal das Relações Exteriores da Alemanha, a Euraxess Brazil e a agência Inova Unicamp.