Fabricantes de cosméticos projetam alta de 30% em 2010

DCI

Alheio ao momento de crise e beneficiado com a melhora da massa salarial do País - que levou as classes C e D a consumirem novos produtos -, o setor de cosméticos do Brasil, segmento em expansão com a forte chegada de novos players ao mercado, deverá apresentar crescimento acima de 30% em 2010, conforme fabricantes consultados pelo DCI. O aumento de lançamentos para atrair novos consumidores gerará, ainda, a necessidade de investimentos para aumento de capacidade instalada de produção.

A fabricante de produtos para os cabelos Truss está na fase final de sua nova fábrica, que aumentará a produção devido ao aumento da demanda no mercado. "O mercado de cosméticos cresce a cada ano e é preciso sempre estar à frente para se manter em um mercado tão competitivo, estamos investindo nesta nova fábrica para que possamos atuar em 2010 com gás total", afirmou a diretora da Truss, Manuella Bossa. Para 2010, o crescimento previsto é de 35%, após fechamento de 2009 com expansão de 31%.

Para acompanhar o mercado, a estratégia da Aspa Cosméticos será em redução de custos para investir mais em lançamentos e em possíveis aquisições de marcas concorrentes para atingir a sua expansão, segundo o presidente, Demetre Giokaris. "A empresa está colocando mais linhas automáticas, investindo em mais construção e melhorias de fluxo e comunicação", afirmou o executivo.

Outra fabricante que já estuda o aumento de capacidade em 2010 é a DepiRoll, segundo contou ao DCI a gerente de Marketing da companhia, Cristina Pontes. "A categoria de depilação cresceu 30% no mercado nacional e DepiRoll acompanha o crescimento com inovações e lançamentos e continua na liderança com 44,1% de share", disse a executiva. Além de manter a liderança, a fabricante quer, agora, entrar firmemente no mercado de higiene masculina.

A fabricante Tânagra Cosméticos, para conseguir atender a demanda em 2009, teve que terceirizar parte de sua produção, segundo contou ao DCI, o diretor da Tânagara Cosméticos, Fausto Silva Jr. "A empresa está analisando e estudando a possibilidade de uma nova fábrica a ser instalada, para assim aumentar a capacidade de produção", disse o executivo. De acordo com Silva, as vendas para o varejo são as que apresentaram, durante 2009, o crescimento mais expressivo, de 35%.