Fábrica de fertilizantes busca soluções de eficiência energética para reduzir pegada de carbono e deve economizar mais de R$ 470 mil por ano
Estimativa foi feita pelo Programa PotenclializEE, iniciativa que visa impulsionar a descarbonização e a competitividade da indústria brasileira
Eae MáquinasCom intuito de aprimorar tanto sua eficiência econômica quanto a sustentabilidade ambiental, a Embrafós, fábrica de fertilizantes localizada em Barretos (SP), realizou um diagnóstico energético de suas operações que revelou a possibilidade de economia anual superior a R$ 470 mil por meio de duas medidas estratégicas: a substituição dos compressores da rede de ar comprimido e, principalmente, a troca das fornalhas de secagem.
Especialistas do Programa PotencializEE, iniciativa voltada para impulsionar a descarbonização e a competitividade da indústria brasileira, constataram que a substituição das fornalhas é o ponto focal desse plano de eficiência energética, especialmente no que diz respeito à redução das emissões de carbono. Ao adotar biomassa de cavaco de eucalipto em substituição ao carvão mineral, a Embrafós deve eliminar 26 mil toneladas de carbono equivalente ao longo da vida útil do projeto, estimada em cerca de 20 anos. Outra vantagem é o retorno do investimento, que deve ocorrer em cerca de 7 meses.
Os benefícios da iniciativa vão muito além dos aspectos financeiros e ambientais. A eficiência energética da biomassa combinada com tecnologias modernas de combustão promete não apenas uma redução nas emissões, mas também um processo de secagem mais rápido e eficaz. Isso se traduz em um aumento na produtividade operacional, impactando positivamente a competitividade da empresa no mercado, demonstrando que a sustentabilidade pode andar de mãos dadas com a lucratividade.
Sobre o PotencializEE
O PotencializEE é um programa de cooperação Brasil-Alemanha com apoio financeiro do fundo europeu de descarbonização Mitigation Action Facility, que promove eficiência energética em pequenas e médias empresas industriais do estado de São Paulo. A iniciativa é liderada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), coordenado com apoio da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e executado em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
Também são parceiros a Desenvolve SP (Instituição Financeira do Estado de São Paulo), o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a ABESCO (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), o Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética).