11/01/23 10h40

Exportações passam de US$ 500 milhões pelo segundo ano seguido em Americana

Principal parceira de Americana, no ano passado, foi a Alemanha, seguida pela Bélgica e Argentina

O Liberal

Americana voltou a passar dos US$ 500 milhões exportados em 2022, repetindo o desempenho de 2021. No ano passado, no entanto, a principal parceira comercial nas vendas de mercadorias para o exterior foi a Alemanha e não a Bélgica, como no período anterior.

De acordo com dados do Ministério da Economia, entre janeiro e dezembro de 2022, o município de Americana exportou US$ 523 milhões, 7,2% a menos que no ano anterior, quando foram vendidos US$ 564 milhões em produtos. Apesar da queda, o valor é considerado positivo, uma vez que o maior montante havia sido registrado em 2011, quando a cidade somou US$ 402 milhões em vendas para o exterior.

Entre os produtos exportados no ano passado, 27% são pneumáticos novos, de borracha; 23% metais preciosos no estado coloidal, compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos; e 20% desperdícios e resíduos de metais preciosos ou de metais folheados ou chapeados.

A Alemanha, país com população de 83,2 milhões de pessoas, foi destino de 36% de todo o valor exportado pelo município, sendo seguido pela Bélgica (21%), que em 2021 assumiu essa liderança, e pela Argentina (9,2%).

Professor de Economia na FAM (Faculdade de Americana), Artur Soave Frezza atribui a parceria comercial da Alemanha com Americana a uma possível redução na exportação de uma multinacional belga com sede em Americana especializada em catalisadores de veículos.

“Essa empresa, muito provavelmente, deve ter diminuído a participação frente às demais indústrias que exportam para a Alemanha. Mas mesmo assim, a Bélgica tem uma grande parte desta exportação”.

A relação Americana-Bélgica está associada, principalmente, à exportação de metais preciosos e houve investimentos consideráveis de multinacionais, em Americana, para produção de catalisadores de veículos, um produto considerado de alta complexidade e que é produzido fazendo uso de metais preciosos bastante caros.

O professor da FAM também destaca a forte demanda local da região com empresas como a Suzano Papel e Celulose e Goodyear. “Isso potencializa a indústria química regional e os insumos são produtos de maior valor agregado para exportação”.

IMPORTAÇÕES. Ao contrário das exportações, o valor importado cresceu 12% no ano passado na comparação com 2021. O total saltou de US$ 398 milhões para US$ 448 milhões. O superávit na balança comercial, no ano passado, ficou em US$ 74 milhões. Apesar de ser um saldo positivo, é 55% menor do que o montante de 2021, que foi de US$ 166 milhões.

O LIBERAL tentou repercutir os resultados com a unidade do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Americana, mas a assessoria informou que a diretoria não tinha condições de comentar os números, uma vez que ainda não tinham tido acesso aos dados.

Fonte: https://liberal.com.br/cidades/americana/exportacoes-passam-de-us-500-milhoes-pelo-segundo-ano-seguido-em-americana-1892162/