17/02/22 11h45

Exportações para a China saltam de US$ 1 bilhão no ano 2000 para mais de US$ 87 bilhões 21 anos depois

Comex do Brasil

Em 2000, ano de entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), as exportações brasileiras para o país asiático totalizaram US$ 1,085 bilhão e corresponderam a apenas 1,97% dos US$ 60,1 bilhões vendidos pelo país no exterior. 

Vinte e um anos depois, em 2021, as exportações para os chineses deram um salto gigantesco e somaram US$ 87,7 bilhões, o que garantiu ao país uma fatia de 31,27% no volume total exportado Brasil, percentual inferior apenas aos 32,41% de participação registrado em 2020, recorde na história do comércio sino-brasileiro. Os dados constam da Radiografia do Comercio Exterior do Brasil, divulgada recentemente pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). 

Em relação às importações, o domínio chinês não é tão acentuado. O país ocupa a liderança entre os principais exportadores para o Brasil mas a diferença em relação aos Estados Unidos é um pouco mais reduzida do que aquela verificada em relação às exportações brasileiras. Com vendas no total de US$ 47,6 bilhões, a China teve uma participação de 21,72% nas compras realizadas pelo Brasil no exterior. As exportações americanas somaram US$ 39,3 bilhões, representando 17,95% das importações brasileiras no período. 

A forte alta na participação da China como principal destino das exportações brasileiras vem se consolidando no momento em que a participação dos Estados Unidos nas vendas externas do Brasil segue direção diametralmente oposta. Em 2000, o Brasil exportou US$ 13,1 bilhões para o mercado americano -mais de doze vezes o volume embarcado para a China nesse mesmo ano, equivalentes a 23,93% das vendas brasileiras. 

No ano passado, apesar de as exportações para o mercado americano terem somado US$ 31,1 bilhões, a participação dos Estados Unidos nas exportações globais brasileiras foi de apenas 11,09%, praticamente um terço das vendas à China. 

Apesar dessas oscilações, China e Estados Unidos lideram, com ampla margem, o Top 10dos principais países de destino das exportações brasileiras. Além deles, a relação é integrada pela Argentina (US$ 11,8 bilhões e 4,3%), Países Baixos (US$ 9,3 bilhões e  3,3%), Chile (US$ 6,9 bilhões e 2,49%), Singapura (US$ 5,8 bilhões e 2,08%), Coreia do Sul (US$ 5,6 bilhões e 2,02%), México (US$ 5,5 bilhões e 1,98%), Japão (US$ 5,5 bilhões e 1,97%) e Espanha (US$ 5,4 bilhões e 1,94%). 

Em relação às importações, no ano 2000, as vendas americanas para o Brasil somaram US$ 12,9 bilhões, com participação de 23,10% nas compras brasileiras no exterior. Por sua vez, os chineses exportaram US$ 1,2 bilhão para o Brasil, com uma participação de apenas 2,19% nas importações brasileiras. 

Passados vinte e um ano, as posições se inverteram e os números foram os seguintes: exportações chinesas: US$ 47,6 bilhões (participação de 21,72%) e vendas americanas no total de US$ 39,3 bilhões (correspondentes a 17,95% das importações brasileiras). 

A relação dos dez maiores exportadores para o Brasil teve ainda a participação a Argentina (US$ 11,9 bilhões e5,45%), Alemanha (US$ 11,3 bilhões e 5,17%), India (US$ 6,7 bilhões e 3,07%), Rússia (US$ 5,7 bilhões e 2,60%), Itália (US$ 5,4 bilhões e 2,50%), Japão (US$ 5,1 bilhões e 2,35%), Coreia do Sul (US$ 5,1 bilhões e 2,33%) e França (US$ 4,8 bilhões e 2,19%). 

 

fonte: https://www.comexdobrasil.com/exportacoes-para-a-china-saltam-de-us-1-bilhao-no-ano-2000-para-mais-de-us-87-bilhoes-21-anos-depois/