25/07/07 11h34

Exportações devem chegar a US$ 158 bi neste ano, diz Funcex

Folha de S. Paulo - 25/07/2007

Apesar da sobrevalorização do câmbio e da reclamação dos empresários, as exportações devem fechar este ano em US$ 158 bilhões, 15% a mais do que em 2006. Já as importações devem atingir US$ 114 bilhões, 25% acima do número registrado em 2006. O saldo da balança comercial deverá somar US$ 44 bilhões, o que significa uma queda de US$ 2 bilhões em relação aos US$ 46 bilhões do ano passado. Os números, com essas novas previsões para a balança comercial deste ano e os resultados do primeiro semestre, serão divulgados hoje no Boletim de Comércio Exterior da Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior). O que esses dados mostram é que, apesar da supervalorização do câmbio, não ocorreu o boom das importações previsto. Uma das principais conclusões, ao analisar o boletim da Funcex, é que, ao contrário do ano passado, as quantidades exportadas (o quantum) estão crescendo em um ritmo mais acelerado do que os preços. Em 2006, os preços dos exportados subiram 9,4%, e, o quantum, 6%. Já neste ano, o quantum cresce a 10%, e os preços, 9,2%. O destaque continua com os produtos básicos. O quantum desses produtos se expandiu em 20,4%. Já o dos semi-manufaturados, 5,1%, e dos manufaturados, 6,4%. Os preços crescem a um ritmo inferior. O mesmo acontece com as importações. O valor cresceu nos primeiros seis meses deste ano 26,6%, mas principalmente em razão do volume físico. O quantum das importações cresceu 22,8%, enquanto o preço, apenas 3,3%. O economista Fernando Ribeiro, da Funcex, diz que esse crescimento baixo do preço médio das importações se deve principalmente à estabilidade do valor do petróleo, que, por curiosidade, também tem provocado o mesmo efeito nas exportações. O petróleo tem um peso importante tanto nas exportações quanto nas importações do país.