Exportações da região têm alta de 7,9% no trimestre
Diário da RegiãoCom o dólar ainda em um patamar elevado, as exportações na região de Rio Preto estão ganhando força. No primeiro trimestre deste ano, a região registrou um crescimento de 7,9% no montante exportado na comparação com o mesmo período de 2015, passando de US$ 251,9 milhões para US$ 271,8 milhões. Com isso, a região de Rio Preto, que compreende 102 municípios, ficou na 15ª posição entre as 39 analisadas pelo levantamento do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Na contramão, as importações registraram queda de 31,8% no mesmo período, passando de US$ 30,9 milhões para US$ 21,1 milhões, entre o primeiro trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2016. Com isso, o saldo da balança comercial da região fechou o trimestre com superávit de US$ 250,7 milhões, enquanto no mesmo período do ano passado, o superávit havia sido de US$ 221 milhões, um aumento de 13,4%.
Segundo o economista Edgar Sbrogio, os números são um reflexo geral da economia geral brasileira. “Este ano, apesar da crise, talvez seja o melhor ano para o comércio exterior. A queda da produção local caiu muito, o que impacta nas importações. A maioria das empresas da região precisa de componentes vindos do exterior para sua produção, sem movimentação, não há necessidade de importar. Já para as exportações, com o dólar em alta, nosso produto fica mais barato e mais competitivo no mercado externo”, diz.
Mais da metade do total exportando pela região no primeiro trimestre veio das vendas de açúcares e produtos de confeitaria, com US$ 141,7 milhões. Carnes e miudezas comestíveis aparece em segundo lugar, com US$ 53,4 milhões, seguido de preparações alimentícias diversas (US$ 14,1 milhões).
“Não temos um parque industrial moderno relevante na região, por isso nossa exportação é quase que totalmente baseada no agronegócio, setor tradicional e no qual o Brasil é um dos melhores no mundo. Nosso açúcar, por exemplo, tem muita qualidade e está mais barato, o que atrai compradores”, explica Sbrogio.
Nas importações, os peixes e crustáceos são os campeões, com USS 8,5 milhões. Leites e laticínios, ovos de aves, mel natural, produtos comestíveis de origem animal não especificados aparecem em segundo, com US$ 3,2 milhões, seguido por reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes (US$ 1,8 milhão).
Do total importado pela região, Rio Preto responde por 71%, enquanto Sebastianópolis do Sul lidera nas exportações, com 24,9% do montante final. A China é a nossa principal compradora, com 37,2% do total importado, enquanto o Chile responde por 37,2% de tudo que a nossa região importa.