Exportações crescem 4,93% e chegam a US$ 701,6 milhões no semestre
Jornal de PiracicabaAs exportações piracicabanas somaram US$ 701,6 no primeiro semestre deste ano, o que representa um aumento de 4,93% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram negociados US$ 668,6 milhões. Os dados são do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
A balança comercial do semestre tem déficit próximo de US$ 5 milhões. Isoladamente, o mês de junho foi o terceiro melhor para as exportações piracicabanas, com US$ 122,1 milhões em negócios. Fevereiro e março, que se destacaram, registraram remessas de US$ 127 mi e US$ 159,8 mi, respectivamente. Já o pior mês foi janeiro, que terminou com US$ 67,7 milhões.
Segundo o gerente regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Homero Scarso, muitas empresas piracicabanas estão retomando as exportações motivadas pelo câmbio favorável e à ausência de demanda do mercado interno. “Outro fator importante é a retomada das relações com a Argentina, que sempre foi uma grande parceira comercial do Brasil. As mudanças no governo argentino favoreceram as exportações brasileiras”, afirmou.
Os principais destinos dos produtos piracicabanos hoje são Estados Unidos (24,46%), Peru (8,94%), Bolívia (8,29%), Argentina (5,59%), Canadá (4,79%) e Japão (4,31%). Entre os produtos mais exportados estão pás-mecânicas, escavadoras, carregadoras; barras de aço não ligadas; compostos aminados; papel e pasta de celulose; e papel químico. “O mercado da América Latina é promissor e nossa relação com os Estados Unidos é benéfica, pois existe uma corrente de comércio baseada nas duas frentes: exportação e importação”, relatou.
IMPORTAÇÕES — As importações registraram queda de 20,42% em relação ao primeiro semestre de 2015. Foram US$ 707,4 milhões neste ano frente a US$ 888,9 milhões de janeiro a junho do ano passado. “A retração do mercado faz com que se tenha menos demanda interna e a importação cai. E com o câmbio desfavorável, muitas empresas estão substituindo os contratos com fornecedores estrangeiros e optando pelos nacionais”, informou Scarso.
As mercadorias importadas são, em sua maioria, da Coréia do Sul (38,69%), EUA (30,02%), China (7,59%), Chile (4,14%), Paraguai (2,74%) e Alemanha (2,45%). “A Coréia do Sul aparece em primeiro lugar por causa de nosso parque automotivo, que recebe itens como motor e câmbio da matriz da empresa”, disse. Os produtos mais importados são partes e acessórios de automóveis; motores de pistão e partes reconhecíveis de máquinas e aparelhos.