Exportações crescem 37% em janeiro
Para manter ritmo, Anfavea quer definir acordo de livre comércio com Argentina
Automotive BusinessAo contrário das vendas ao mercado interno, as exportações de veículos começam 2016 muito bem, com crescimento de 37,1% em janeiro na comparação com idêntico mês do ano passado. Foram 22,3 mil unidades embarcadas contra as 16,3 mil de um ano antes, conforme os dados do desempenho do setor divulgados pela Anfavea, associação das montadoras, na quinta-feira, 4. Já sobre dezembro de 2015, as exportações de janeiro foram 51,7% menores.
O resultado foi puxado pelo aumento de 42,7% dos embarques de veículos leves, que inclui automóveis e comerciais leves, com 21,1 mil enviadas. O segmento de caminhões foi o único a registrar queda nas exportações do mês passado. Foram 842 unidades embarcadas em janeiro, 28% menos do que em igual mês de 2015, quando o setor vendeu 1,16 mil caminhões a mercados externos. As exportações de chassis de ônibus subiram 13% no período, para 322 unidades.
Em valores, as exportações de veículos no primeiro mês representaram US$ 547,6 milhões, resultado que ficou 18,3% abaixo do apurado em janeiro de 2015, de US$ 670 milhões, montante que considera máquinas agrícolas.
“Este resultado se deve ao mix de produtos, estamos exportando menos veículos de maior valor agregado, mas também pela retração das exportações de caminhões que influenciou bastante, e da queda de 40% dos embarques de máquinas”, explica o presidente da entidade, Luiz Moan.
O executivo explica que a Anfavea continua a priorizar suas ações dedicadas às exportações e que trabalha em sintonia com o governo para a abertura de novos mercados. Moan revela que espera já para este primeiro semestre a definição de um novo acordo com a Argentina.
“Com os fundamentos econômicos mais transparentes, ousamos propor para a Adefa [associação das montadoras na Argentina] o livre comércio, com base no câmbio flutuante nos dois países”, afirma Moan. “Ainda este mês a Anfavea se reunirá com a Adefa para fechar um acordo conjunto e apresentar aos governos brasileiro e argentino”, acrescentou.