Exportações crescem 25% em 11 munícipios da região
Jornal de JundiaíCom o mercado interno em recessão, o empresário na Região de Jundiaí tem buscado vender seus produtos para fora do País e esta tendência refletiu no saldo da balança comercial do primeiro trimestre deste ano, que registrou crescimento de 25%, em relação ao mesmo período de 2016, na remessa de produtos ao exterior dos 11 municípios que compõem a regional de Jundiaí do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O saldo comercial passou de US$ 340 milhões para US$ 425,3 milhões de dólares.
Segundo o diretor do Ciesp de São Paulo, Jorge Calouche, a notícia é animadora para os empresários, pois nos últimos cinco anos a queda nas exportações na Região registrou o acumulado de 40%. Calouche aproveita a ocasião para provocar o empresário que procura o mercado no exterior apenas quando o mercado interno está em recessão. “Faz um tempo que não temos um crescimento tão expressivo nas exportações. Nos últimos anos, o empresário focou no mercado nacional, que também é positivo, mas é preciso olhar para o mercado exterior, onde o mercado é maior”, afirma.
Entre os principais mercados de origem das exportações estão a Argentina, com 22,7%, Estados Unidos (13,9%) e Chile (9,3%). Segundo Jorge Calouche, a América Latina representa cerca de 50% dos destinos das exportações da Região de Jundiaí. Entre os produtos com maior destaque vendidos no mercado exterior estão os reatores nucleares, caldeiras, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos, além de perfumarias e cosméticos.
Na Região de Jundiaí o que não faltam são exemplos de sucesso de empresas de pequeno e grande portes que estão investindo no mercado externo e conseguindo realizar bons negócios. Em Várzea Paulista, uma empresa de plásticos voltada para o ramo de cerâmica de sanitários começou a planejar há três anos expandir as vendas para países da América do Sul. No início deste ano, conseguiu fechar negócios com empresas do Peru e Uruguai e está prospectando novas negociações na Bolívia.
O sócio-proprietário Glauber Maçonato, responsável pela relação comercial da empresa, informa que o investimento no comércio exterior partiu da necessidade de expandir as vendas por causa da crise no mercado nacional. “Atualmente as exportações representam 7% do nosso faturamento total, ainda estamos engatinhando, mas a tendência é expandir ainda mais, pois a margem de lucro em exportação é maior devido as transações serem em dólar”, diz.
No caso do Grupo Astra, que está no mercado internacional há 30 anos, o crescimento das exportações em relação ao ano passado acompanhou a pesquisa do Ciesp. Hoje, a empresa exporta seus mais de seis mil itens de produtos voltados para a construção civil e para o lar, para aproximadamente 30 países. Segundo o diretor comercial, Joaquim Coelho, as exportações representam 9% no faturamento total da empresa e a tendência é aumentar este número. “Nosso maior ponto de venda está no mercado interno, mas o importante é crescer tanto na exportação como nas vendas internas”, afirma.