Exportações crescem 11,7% e somam quase US$ 1 bilhão
Jornal de PiracicabaAs exportações de Piracicaba cresceram 11,7%, entre janeiro e agosto deste ano em comparação ao mesmo período de 2015. Em oito meses de 2016, o montante exportado atingiu US$ 952,5 milhões ante US$ 852,3 milhões no mesmo intervalo comparativo. No acumulado do ano, a balança comercial fechou com saldo negativo em mais de US$ 66,4 milhões. Os dados são do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Na comparação direta entre os meses de agosto de 2015 e 2016, as exportações avançaram 36,7%, partindo de US$ 97,4 milhões, no ano passado, para US$ 133,3 milhões em agosto deste ano. Isoladamente, agosto foi o segundo mês mais forte do ano para as exportações piracicabanas, ficando atrás apenas de março, quando o montante bateu US$ 159,8 milhões. Neste ano, os principais destinos dos produtos produzidos em Piracicaba entre janeiro e agosto foram os EUA, (25,7% do total), seguido por Peru (8,4%), Bolívia (7,7%), Argentina (6,4%) e Canadá (5,5%). Entre os produtos mais exportados estão pás-mecânicas, escavadoras, carregadoras; barras de aço não ligadas; compostos aminados e papel e pasta de celulose.
Já as importações recuaram 12,7% no acumulado do ano. Foram US$ 1,01 bilhão em 2016 frente a US$ 1,16 bilhão nos mesmos oito meses do ano passado. Agosto foi o mês com o maior volume de importações, responsável por US$ 161,7 milhões. Entre os principais países de origem das mercadorias importadas estão Coreia do Sul (41,5%), Estados Unidos (29,3%), China (7,2%), Chile (3,8%) e Paraguai (2,6%). Os produtos mais importados são partes e acessórios de automóveis; motores de pistão e partes reconhecíveis de máquinas e aparelhos.
O coordenador do banco de dados socioeconômicos da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), Francisco Crocomo, ressaltou que muitas das importações estão ligadas à produção de mercadorias que futuramente serão exportadas. “Não podemos ignorar o fato de que muito do que é produzido em Piracicaba depende de componentes que são produzidos lá fora e precisam ser importado. Por isso, desde a chegada da Hyundai notamos um avanço no volume de importações da cidade. É
natural que isso aconteça. Agora com as exportações dos veículos da Hyundai podemos aguardar um reequilíbrio nesta equação”, afirmou. Segundo o especialista, para a cidade é interessante que a cotação do dólar permaneça elevada. “O dólar baixo prejudica a nossa indústria por fomentar a compra lá fora, o que mata a indústria local e desestimula a exportação”, disse.