21/12/07 16h18

Exportação para a Europa já cresceu 24% neste ano

Gazeta Mercantil - 21/12/2007

A Europa, mercado considerado formador de opinião para a área de cosméticos, tem recebido cada vez mais produtos brasileiros, principalmente produtos com ativos exóticos, extraídos da biodiversidade brasileira. Somente de janeiro a setembro deste ano, as vendas de produtos cosméticos para a Europa cresceram 24% em relação a igual período de 2006, para US$ 19,96 milhões, segundo dados compilados pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Embora seja uma cifra baixa se comparada às exportações totais de cosméticos realizadas no período, de US$ 402,59 milhões, os números demonstram uma expansão acima da média do setor, que ficou em 8,4% ante igual período de 2006. Tais resultados têm entusiasmado as pequenas e médias empresas do setor, muitas das quais nasceram há poucos anos ou criaram marcas específicas para este público dada a atratividade do mercado. "O desejo de Brasil na Europa é muito grande", afirmou Veronika Rezzani, diretora da Brazilian Fruit, marca própria atualmente voltada para exportação da fabricante terceirista de cosméticos Gus & Vicki Aroma Ind & Com. Criada no ano passado, a marca já possui contratos de exportação para Portugal, Inglaterra, França, Países Baixos e atualmente está em discussões com distribuidoras de países Bálticos. A empresa possui 33 itens, explorando sete frutas, e quer chegar a 100 até meados de 2009. Por ora, o carro-chefe é uma linha inusitada que explora o gosto dos estrangeiros pela caipirinha e as propriedades da cana-de-açúcar e do limão. "As vendas neste ano superaram as expectativas e para 2008 devemos dobrar o nosso faturamento somente no primeiro semestre". Veronika não revelou o faturamento da Brazilian Fruit previsto para 2007, mas disse que até novembro tinha realizado quatro embarques com média de US$ 30 mil por pedido. A Gus & Vicki, que fabrica algumas linhas de produtos para grandes empresas multinacionais com atuação no Brasil, possui capacidade para produzir 70 mil unidades mensais de produtos cosméticos. Até 2005, quando decidiu criar a marca Brazilian Fruit, a capacidade ociosa da fábrica era de entre 30% e 40%.