21/08/09 11h31

Expansão pode ser recorde no Natal

Valor Econômico

A divulgação pelo IBGE de uma baixa taxa de desemprego em julho, de apenas 8%, só melhora as perspectivas para o varejo no segundo semestre. Economistas já consideram agora a possibilidade de que a taxa de expansão do comércio alcance ou até mesmo supere em dezembro deste ano o recorde de 12,8% de crescimento registrado em fevereiro de 2008. Segundo Sergio Vale, economista da firma de consultoria MB Associados, a crise provocou uma forte desaceleração do consumo em dezembro do ano passado. Portanto, como a base de comparação será baixa neste Natal, as taxas de crescimento do comércio poderão ficar em dois dígitos.

Vários indicadores favorecem a demanda no segundo semestre, entre eles a maior confiança dos consumidores, o reajuste salarial de categorias importantes como bancários e petroleiros e a queda nos preços dos alimentos e dos juros. A valorização do real também torna as importações mais baratas e aumenta a oferta interna de mercadorias, diz Vale. A MB estima que o varejo (medido pelo índice PMC, do IBGE) apresente uma expansão de 6,5% no segundo semestre sobre igual período de 2008. No primeiro semestre, o comércio cresceu 4,4%.