Evolute estréia no disputado mercado de PCs

Valor Econômico - 14/12/2007

Os números da consultoria IDC apontam que 8,9 milhões de máquinas - entre micros de mesa e portáteis - serão compradas em 2007. O ritmo de crescimento do setor se mantém acima de 25% e deve permanecer na casa dos dois dígitos pelo menos até 2011. São números mais do que suficientes para colocar no mercado uma enxurrada de empresas atrás de sua fatia no bolo. Hoje, segundo informações da consultoria IT Data, há nada menos que 80 empresas habilitadas a produzir computadores no país usando o benefício do Processo Produtivo Básico (PPB), que prevê redução fiscal a companhias que utilizarem componentes fabricados no Brasil. Tanta concorrência, porém, não intimidou os planos de Fabio Song e Ricardo Bloj. Os executivos, egressos da indústria de PCs, acabam de ligar as linhas de produção da Evolute, fábrica de computadores que foi montada do zero dentro de um pólo de tecnologia em Campinas (SP). Com capital próprio, os executivos injetaram R$ 12 milhões (US$ 6,74 milhões) na empresa. Antes de assumir a presidência da Evolute, Ricardo Bloj foi, por seis anos, presidente da Solectron, companhia especializada em fabricar PCs para terceiros. Antes de chegar à Solectron, Bloj ocupou diversos cargos na IBM, onde trabalhou por 14 anos. A Evolute não quer pensar pequeno. Sua meta para os próximos dois anos é arrematar algo entre 7% e 10% do mercado de varejo do país. O que a Evolute se propõe a fazer é atingir, em 24 meses, um volume de vendas próximo ao alcançado hoje pela HP no país. As primeiras máquinas da Evolute já começaram a chegar ao varejo, setor que será a sua prioridade. Nos planos da Evolute, a meta é faturar R$ 80 milhões (US$ 45 milhões) no período.