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Eurofarma avalia aquisições na AL

Gazeta Mercantil - 04/03/2008

A Eurofarma Laboratórios, a terceira maior farmacêutica de capital nacional e a quinta no ranking brasileiro, atravessa uma fase de grande ebulição. Para comportar o crescimento que tem registrado nos últimos anos e os planos futuros de expansão, a companhia tem em curso investimento estimado em R$ 280 milhões (US$ 159,1 milhões) na construção de um complexo fabril para agrupar as atividades e triplicar a produção, iniciou no final de 2007 uma reestruturação organizacional com vistas a abertura de capital, se necessário, e busca oportunidades de aquisição nos principais mercados latino-americanos, a fim de intensificar o processo de internacionalização, aumentar as exportações e atrair acordos de licenciamento de produtos. As obras do novo complexo, localizado em Itapevi (SP), estão a todo vapor. Amanhã, a companhia inicia operações de seu segundo bloco de produção, o de produtos hormonais, exatamente um ano depois da inauguração das linhas de produção de medicamentos líquidos, cremes e pomadas e a cerca de 13 ou 14 meses do começo das operações das unidades de comprimidos e injetáveis, prevê Maurizio Billi, presidente da Eurofarma. Até janeiro foram investidos R$ 182 milhões no complexo, sendo que aproximadamente 35% dos recursos totais são provenientes de linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante, do caixa da própria empresa. O projeto começou a ser desenhado há cerca de quatro anos e suas linhas arrojadas destoam das fábricas tradicionais do setor. "Os blocos de produção são todos envidraçados. A fábrica é projetada para que os funcionários possam olhar para a área verde (do entorno). Quando finalizada, totalizarão perto de 70 mil metros quadrados de área construída em terreno de 300 mil metros quadrados, sendo que em torno de 35 mil metros quadrados são de área de preservação ambiental, que inclui espécies nativas e até uma cachoeira". É esse complexo que garantirá os planos de expansão da Eurofarma. Em pleno funcionamento, triplicará a capacidade, antes espalhadas por cinco fábricas em São Paulo e no Rio. Hoje, a empresa produz cerca de 80 milhões de unidades (caixas) por ano. Conforme Billi, além de abastecer o mercado interno, a idéia é ampliar as exportações, atualmente pouco representativas - em torno de 2% do faturamento anual. O foco serão primeiro os países da América Latina. A empresa tem a meta de cobrir 90% do mercado latino-americano e o empresário afirmou que para isso tem de estar presente no México, Colômbia, Venezuela, Chile e Argentina, o que pretende fazer por meio de aquisições de pequenos laboratórios locais e de portfólio.