29/01/08 11h08

Eucatex investirá US$ 73,9 milhões em nova fábrica

Valor Econômico - 29/01/2008

A Eucatex informou ontem ao mercado que irá investir R$ 130 milhões (US$ 73,9 milhões) em uma nova fábrica de chapas finas (T-HDF) no município de Salto, interior de São Paulo. O objetivo da empresa, controlada pela família Maluf, ao ampliar a capacidade de produção é acompanhar o aquecimento da construção civil e da indústria de móveis no país. Prevista para entrar em funcionamento em julho do ano que vem, a unidade irá aumentar em 150% a produção anual de chapas finas da Eucatex, passando de 70 milhões de metros quadrados para 180 milhões de m2. Segundo Flávio Maluf, presidente da companhia, a Eucatex tem perdido mercado dentro de seus clientes. A nova linha de produção será instalada em uma área da Eucatex, que no total tem 150 mil metros quadrados de área construída. Dos R$ 130 milhões (US$ 73,9 milhões) a serem investidos, cerca de 80% será proveniente do caixa da Eucatex e o restante de financiamentos de bancos nacionais e estrangeiros. De acordo com ele, a chapa HDF (High Density Fiberboard) é próxima ao produto MDF (Medium Density Fiberboard), mas com densidade mais alta e sem utilizar água no processo de produção. Conforme o comunicado, a nova unidade da empresa também poderá produzir MDF. A estimativa da Eucatex é de que o aumento de produção incremente em aproximadamente R$ 250 milhões (US$ 142,1 milhões) o faturamento bruto e R$ 90 milhões (US$ 51,14 milhões) o lajida. A companhia irá divulgar seus resultados referentes ao ano passado no dia 28 de fevereiro. Entre janeiro e setembro de 2007, a Eucatex apurou faturamento de R$ 562,3 milhões (US$ 319,5 milhões), o que significa 11% de aumento sobre igual período de 2006. Ao final do intervalo, a dívida financeira bruta da empresa era de R$ 103,1 milhões (US$ 58,6 milhões). Em setembro, a Eucatex aprovou seu plano de recuperação judicial. A dívida total da companhia atingiu R$ 485 milhões (US$ 275,6 milhões). O pedido foi solicitado em 2005, dois anos depois de credores terem solicitado a concordata da companhia.