Estudo mapeia inovação tecnológica do agronegócio brasileiro
Levantamento diz que existem 307 AgTechs, startups que atuam no agronegócio. Crescimento é de 20% ao ano
Jornal da USPO agronegócio brasileiro, que já é referência mundial em produtividade, continua a chamar atenção. Dessa vez pelo incremento que o setor faz do uso da tecnologia digital. É o agronegócio que introduz no País, pioneiramente, a chamada Revolução 4.0, que engloba tecnologias para automação e troca de dados e utiliza conceitos de Sistemas Ciber-Físicos, Internet das Coisas (IoT) e Computação em Nuvem.
O número de startups atuantes no agronegócio brasileiro, por exemplo, chega a 307 e a tendência é de crescimento, em que pese o impacto da crise econômica. Estudo mostra que as AgTechs, como são chamadas as startups do setor agropecuário, estão agrupadas em 18 categorias diferentes e só a gestão de fazendas responde por 20%.
O levantamento foi feito com base em estudos e relatórios já publicados, bancos de dados, agências de fomento, editais de premiação e portfólios de incubadoras.
O estudo foi elaborado pela Liga Insights, a Inova.Jab, da Unesp de Jaboticabal, e pelo Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, fruto de parceria entre a USP, governo do Estado e Prefeitura municipal.
O pesquisador do Núcleo de Investigação Tecnológica do Supera, Diego Siqueira, que participou do mapeamento desde o início, diz que o potencial de crescimento das AgTechs no Brasil e no mundo é muito grande. Segundo ele, a previsão de crescimento para 2020 é de 20%.
Siqueira adianta que as AgTechs estão surgindo na esteira das demandas da Agenda 2030 da ONU, que estabelece os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Para ele, as AgTechs reforçam a preocupação do agronegócio em alinhar a produção agropecuária com aumento de produtividade à inclusão digital e conservação do solo e natureza e, dessa forma, atender a uma demanda mundial.