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Estrangeiros injetam mais de US$ 3 bi na construção de usinas

Folha de S. Paulo - 17/07/2007

O potencial de crescimento do mercado mundial de álcool atraiu para o Brasil investidores estrangeiros. Com sócios como o ex-presidente do Banco Mundial James Wolfensohn e os fundadores da Sun Microsystems, Vinod Khosla, e da America Online, Steve Case, a Brenco investirá US$ 2,2 bilhões na construção de dez usinas. O megainvestidor George Soros também expande seus negócios no país. Segundo dados da consultoria KPMG, das nove fusões e aquisições do setor em 2007, seis envolviam grupos estrangeiros. Em todo o ano de 2006, também foram nove negócios, dos quais seis foram realizados por empresas do exterior. O vice-presidente de comercialização da Brenco, Rogério Manso, revelou que os quatro primeiros projetos já foram implantados. A produção começará em 2009 e cada uma demanda investimentos de cerca de US$ 220 milhões. Cada unidade produzirá aproximadamente 380 milhões de litros/ano. A previsão é que as obras comecem no primeiro trimestre de 2008. Outro megainvestidor internacional de olho no Brasil é George Soros. Ele é o maior acionista da Adecoagro, que investe US$ 900 milhões na construção de três usinas em Mato Grosso do Sul. Elas terão capacidade de produção de 900 milhões de litros de álcool -as unidades também são focadas exclusivamente no combustível. O investimento na Adecoagro foi feito pelo próprio Soros, sem a participação de seu fundo Quantum. Empresa tradicional do setor, a Companhia Energética Santa Elisa (que se fundiu recentemente com a Vale do Rosário) aplicará R$ 2 bilhões (US$ 1,04 bilhão) na construção de quatro usinas, numa associação com investidores internacionais.