16/06/09 11h33

Estrangeiro retoma apetite por operações no Brasil

Valor Econômico

Um levantamento feito pela firma de consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) mostra que o apetite das empresas estrangeiras por fusões e aquisições no Brasil voltou a crescer, o que é um sinal de que, com a retomada da economia mundial, as multinacionais já vieram buscar oportunidades no mercado nacional. Entre janeiro a maio deste ano, foram realizadas ao todo 207 transações de fusões e aquisições no Brasil. Em 72 delas houve participação de capital estrangeiro, seja nas operações de aquisição de controle ou de parcelas minoritárias. Esse é o maior número de negócios efetuados por multinacionais desde 2004 pelo menos e representou 42% de todas transações feitas no país nos primeiros cinco meses deste ano.

Em igual período de 2008, o capital externo havia respondido por apenas 25% dos negócios de fusões e aquisições. O pico de participação dos estrangeiros foi em 2005, quando chegaram a representar a maioria - ou 51% - das operações feitas no país entre janeiro a maio. Mas o número de negócios realizados naquele ano por multinacionais - 52 - foi menor que as 72 transações feitas neste ano. Entre as fusões e aquisições fechadas em maio por empresas de capital estrangeiro estão a aquisição da área de combustíveis e lubrificantes da Cosan pela Shell, por US$ 75 milhões; a compra da Líder Aviação pelo Bristow Group, por US$ 227 milhões; e a aquisição de 30% do capital da Cetip pelo fundo de investimento americano Advent, por R$ 360 milhões (US$ 171,4 milhões). Apesar do maior interesse por parte das multinacionais e fundos, o número de negócios de fusões e aquisições no Brasil neste ano foi 25% menor que o realizado nos cinco primeiros meses de 2008, retrocedendo aos patamares de 2006.