05/06/09 14h27

Estrangeiras brigam por área de saúde no País

DCI - 05/06/2009

Algumas das maiores empresas especializadas no setor de saúde do mundo olham para o mercado brasileiro cada vez com mais atenção, já que é um mercado que, entre produtos e serviços, movimenta cerca de R$ 200 bilhões (US$ 95,2 bilhões) ao ano e representa perto de 8% do Produto Interno Bruto (PIB). A divisão de saúde da gigante General Electric (GE), chamada GE Healthcare, por exemplo, é uma das companhias que fazem forte investida no País, ao anunciar a implantação de uma fábrica em Minas Gerais, a aporte mínimo de US$ 50 milhões (US$ 23,8 milhões). A fábrica mineira começará a operar em 2010 e será a primeira a produzir equipamentos de raios-x e mamografia na América Latina, com possibilidade de exportar para outros mercados.

A companhia, que é uma das expositoras da "Hospitalar 2009", a maior feira de saúde da América Latina, espera crescer cerca de 15% em relação ao volume de negociações do ano passado, no evento. Hoje, a receita de todos os negócios da GE na América Latina somam US$ 8,3 bilhões, sendo o Brasil responsável por 40% deste montante. A expectativa era de atingir cerca de US$ 12 bilhões até o ano que vem, na região latina, meta que deve ser revista decorrente dos efeitos da crise.

A Siemens Healthcare do Brasil, uma das maiores concorrentes da GE, registrou crescimento de 32% em relação ao ano anterior e, por isso, considera o País estratégico para a operação global da companhia. A companhia tem uma unidade fabril no bairro da Lapa, em São Paulo, que produz equipamentos de raio-x e realiza o recondicionamento de outros produtos, atendendo ao mercado nacional e o latino americano. Também participante da feira "Hospitalar 2009", a Siemens prevê um volume de negociações de cerca de R$ 10 milhões (US$ 4,8 milhões) para esta edição do evento de negócios em saúde.

De origem portuguesa e especializada em informatização hospitalar, a Alert do Brasil é outra que aposta no mercado nacional e prevê investimentos médios de R$ 7 milhões (US$ 3,3 milhões) este ano no País. "No ano passado, cerca de 30% de todo o faturamento veio do Brasil. A expectativa é aumentar esse valor para 40%", disse Luiz Brescia, presidente da empresa no mercado brasileiro. A companhia, que afirma estar estudando trazer para cá um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento no próximo ano, afirma que tem ainda a expectativa de fechar o contrato com seis grandes negócios durante a feira hospitalar deste ano. Na edição do ano passado, a companhia fechou três grandes contratos.