18/09/15 14h27

"Estado deve ser indutor da pesquisa e da inovação”, diz ministro

Protec

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, destacou a importância da inovação para que o Brasil possa manter a condição de uma das principais nações industrializadas do mundo. Em palestra a industriais, em São Paulo (SP), o titular do MCTI lembrou que o fomento contínuo em desenvolvimento e pesquisa (P&D) no setor industrial é indispensável para a manutenção do País no grupo das nações mais ricas do mundo.

"O Estado tem um peso importante no financiamento da pesquisa e da inovação. Há ainda mais riscos para o Brasil. Não temos grandes conglomerados empresariais que podem dispor de recursos para pesquisa e inovação. Temos carência no financiamento e na presença do Estado, porque pesquisa e inovação é sempre uma atividade de muito risco. Temos o papel de estimular, compensar e apoiar níveis de risco para as empresas inovarem", ressaltou o ministro durante o 1º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos, promovido pela Associação Nacional de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), na manhã da última terça-feira (15/09).

Aldo deu ênfase ainda à importância da participação do setor privado no esforço da inovação brasileira. Segundo ele, a indústria é um ator preponderante para o País. "Sem inovação, não há como inserir-se ou permanecer como um dos países mais industrializados do mundo. E a indústria tem um papel fundamental nesse processo. Temos que preservar a economia industrial e restaurar o que perdemos. Com base nela (indústria), os países conseguiram impor sua presença no mundo", ressaltou Aldo.

Orçamento e projetos

O ministro também falou sobre as medidas da Pasta para recuperar recursos destinados a ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Entre elas, a recomposição de recursos destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). "Pagávamos por uma série de contas que não eram da área de pesquisa, nem de inovação", disse.

Aldo Rebelo reiterou a intenção de que a parte dos recursos não regulamentados do Fundo Social do Pré-Sal seja destinada a atividades de ciência, tecnologia, inovação e pesquisa. Hoje, 50% da parte regulamentada é destinada à saúde e à educação. Os recursos do fundo setorial da indústria do petróleo, o CT-Petro, também são uma reivindicação da Pasta para financiar CT&I.

Uma das medidas tomadas pelo ministro foi negociar um empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para financiar o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) nos próximos quatro anos. O valor é de US$ 2,5 bilhões.