Estado de São Paulo apresenta novas PPPs a investidores espanhóis
UOLO governo do estado de São Paulo apresentou nesta quinta-feira projetos de Parceria Público-Privada (PPP) a empresas espanholas com interesse em investir no Brasil, especialmente nos setores de infraestrutura rodoviária e habitação.
O objetivo foi ressaltar uma série de oportunidades de investimento no estado, no formato de PPP ou concessões, que estão abertas ou em fase de análise na Secretaria de Governo. Dentre os projetos destacados por Isadora Cohen, responsável pela área de PPPs da Secretaria de Governo, estão a Rodovia Centro-Oeste, que liga as cidades de Florínea e Igarapava, e a Rodovia dos Calçados, localizada entre Itaporanga e Franca.
Das novas parcerias que o governo busca, destaca-se a concessão de cinco aeroportos, no valor total de R$ 92 milhões, que terá os envelopes abertos em março deste ano; e a de transporte intermunicipal, no valor de R$ 2,7 bilhões, em uma iniciativa inédita de licitar áreas em vez de linhas.
Outro projeto apresentado por Cohen foi o habitacional da Fazenda Albor, na divisa entre os municípios de Arujá, Itaquaquecetuba e Guarulhos, para a construção de 10 mil habitações para população com renda de até 10 salários mínimos, um investimento de 2,1 bilhões de reais que terá edital lançado no primeiro trimestre deste ano.
As novas licitações de PPPs e concessões abertas pelo governo de São Paulo seguiram um modelo avalizado pelo Banco Mundial, através da Corporação Financeira Internacional, para análise de financiabilidade, compromisso e capacidade de atração dos projetos.
Segundo Cohen, o governo de São Paulo entende as PPPs como o modelo mais adequado para prestar serviços aos usuários, e a intenção é continuar a seguí-lo.
Carolina Queiroz, diretora-executiva da Câmara de Comércio Brasil-Espanha, disse que os novos projetos são alvo de interesse de grandes empresas espanholas, que já têm no Brasil seu segundo principal mercado para investimentos. Um dos exemplos é o Rodoanel, que em cada um de seus trechos conta com a participação de pelo menos uma empresa espanhola.
O Brasil continua a ser, mesmo com o período de recessão dos últimos anos, uma aposta para os espanhois, e a meta, segundo Queiroz, é buscar cada vez mais investimentos, tanto nos setores em que já atuam em grande escala, como rodovias e seguros, como nos segmentos ambiental e habitacional, por exemplo.