11/02/08 11h26

Estabilidade e consumo em alta fazem produção de bens de capital crescer 19,5%

Valor Econômico - 11/02/2008

Animadas com a maior estabilidade da economia e o consumo em alta, as empresas ampliaram seus investimentos em 2007 e o resultado foi o forte crescimento da produção de bens de capital: 19,5%. Trata-se da maior marca desde 2004 (19,7%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tal desempenho ilustra o incremento dos investimentos na expansão da capacidade produtiva das empresas, de acordo com a análise de especialistas. Segundo informou o IBGE, a produção industrial subiu 6% em 2007, na comparação com o resultado verificado no ano anterior. Esse foi o melhor resultado desde 2004, quando o crescimento atingiu 8,3%. Em 2006, a produção industrial havia crescido 2,8%. O IBGE atribui o resultado no ano passado ao aquecimento da demanda doméstica, que foi influenciada pela expansão do crédito, do aumento da ocupação e da renda e da ampliação dos investimentos. De acordo com o IBGE, o aumento da produção em 2007 atingiu 21 dos 27 ramos pesquisados. O principal impacto positivo veio da indústria de máquinas e equipamentos, que apresentou expansão de 17,7% no ano passado. Também contribuíram a indústria automotiva (15,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14%) e outros produtos químicos (5,7%). Por outro lado, seis setores exerceram influência negativa sobre o resultado. As principais quedas foram de fumo (-8,1%) e madeira (-3,2%). Os quatro setores da indústria tiveram desempenho positivo: bens de capital (19,5%), bens de consumo duráveis (9,2%) e bens intermediários (4,9%) e bens de consumo semiduráveis e não-duráveis (3,4%) cresceram em relação a 2006. Segundo o IBGE, a recuperação da agricultura, que teve safra recorde no ano passado, impulsionou a produção de máquinas e equipamentos para o setor - alta de 48,3% em 2007. Os bens de capital consumidos pela própria indústria subiram 17%. Foram os dois tipos que mais contribuíram para o avanço da categoria.