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Escoamento de cargas atrai mais investimentos em Santos

DCI - 10/10/2007

Eliminar entraves para o escoamento das cargas que ficam atravancadas nos portos foi um dos temas discutidos no evento "Santos Export 2007", que debateu nos últimos dois dias a expansão do Porto de Santos. Mesmo com sucessivos recordes em movimentação de cargas, a situação do Porto demanda atenção e investimentos, tanto que o governo de São Paulo anunciou, ontem, aporte de R$ 41 milhões  (US$ 22 milhões) na construção de um viaduto que deve eliminar um cruzamento problemático da região portuária. A obra, que a Ecovias, concessionária responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, deve finalizar em aproximadamente um ano, passará sobre a linha ferroviária que atravessa a rodovia Piaçaguera-Guarujá. A idéia é que seja eliminado um entroncamento que dificulta a passagem dos caminhões, ocasionando congestionamentos que vão em direção à área industrial de Cubatão ou à margem esquerda do Porto, na região do Guarujá. A obra começa em novembro. Para atender às demandas de reformulação do maior porto do País, o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Britto, anunciou o início das obras de dragagem e aprofundamento do canal para o segundo semestre de 2008. Brito revelou também a doação de um terreno da União, que pertencia à extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) para a construção de um estacionamento na área interna das docas de Santos. Outra novidade em expansão da área portuária da Baixada Santista vem do secretário estadual de Transportes, Mauro Arce. O secretário admitiu que o principal problema das docas santistas não está dentro do complexo portuário, mas no acesso até ele, e que a prioridade é buscar projetos para a resolução desses problemas. Arce comentou que é preciso melhorar o sistema rodoviário, mas também é necessário aperfeiçoar a logística com outros modais. O secretário também comentou que o governo estadual fechou um novo contrato para melhorar a travessia da balsa Santos-Guarujá. A continuidade das obras do Rodoanel Mario Covas, no trecho sul, também está nos planos públicos, com o objetivo de desviar os caminhões da capital paulista e facilitar seu acesso ao porto.