Ericsson prevê contratação na AL
Valor EconômicoPara manter a velocidade de crescimento nas áreas de software, mídia e qualidade das redes na América Latina, a Ericsson vai contratar mais 2,5 mil funcionários, nos próximos cinco anos, disse Hans Vestberg, presidente mundial do grupo, ao Valor. Ele acrescentou que "o Brasil terá uma grande parte". Com isso, vai dobrar para 5 mil a força de trabalho dessas áreas. A região conta hoje com 14 mil empregados.
No ano passado, a Ericsson demitiu 15 mil funcionários e contratou 19 mil no mundo. Em constante transformação para não perder mercado, agora com foco na sociedade conectada, o grupo tem admitido colaboradores que se identifiquem com seu perfil, voltado para inovação. Foi uma reposição de talentos, disse Vestberg.
Em 2015, cortou mais 2,2 mil postos de trabalho, todos na Suécia, onde está desativando sua unidade de produção. Hoje, o quadro mundial é de 118 mil funcionários, 4 mil no Brasil.
O grupo tem prosseguido com o plano iniciado há alguns anos para manter internamente 50% da produção de equipamentos e terceirizar o restante. A produção será mantida apenas na Estônia, China, Índia e no Brasil, disse Vestberg.
O executivo disse que a Ericsson continuará a manter a liderança em redes de telecomunicação, mesmo após a Nokia concluir a compra da Alcatel-Lucent e alcançar uma receita combinada de US$ 16,6 bilhões. O CEO da Nokia, Rajeev Suri, disse recentemente que está caminhando para ocupar a liderança. As redes representam 80% da receita Ericsson, e é nesse filão que a Nokia quer ser uma titã. Em 2014, a receita líquida da Ericsson foi de US$ 29,5 bilhões.
No Brasil, Vestberg fez uma apresentação a presidentes de grandes empresas para falar de serviços em nuvem, banco móvel, telessaúde, telemedicina, transportes etc.