08/12/23 13h47

Energia solar por assinatura deve movimentar R$ 10 bi em investimentos até 2025

Mapeamento da Greener aponta 4,2 GW de usinas fotovoltaicas em operação e construção para geração distribuída remota

epbr

Levantamento da consultoria Greener das grandes usinas de geração distribuída remota em 2023 vê um cenário de aceleração do negócio no Brasil, com 4,2 GW acumulados desde o início da modalidade, há três anos, até setembro deste ano.

O volume considera usinas operacionais e em construção e representa um salto em relação aos 2,3 GW registrados em 2022.

De acordo com a Greener, o mercado deve ultrapassar a marca de 3 GW em instalações anuais até 2025, devendo movimentar mais de R$ 10 bilhões em investimentos nos próximos dois anos.

A modalidade de contratação de energia, em que o consumidor não precisa instalar equipamentos, mas obtém o desconto pelo uso de energia renovável na sua fatura está em alta entre o varejo, principal segmento de contratação, representando 43%, com destaque para farmácias e supermercados.

Já o setor de serviços, que inclui bancos, comercializadoras e gestoras de GD, somam 35%, funcionando também como canais para atendimento de consumidores.

A geração por assinatura também está ganhando clientes pessoas físicas. Hoje, o grupo — geralmente contratação residencial — representa 16% do total, ante 7% em 2022.

“Esse fator aponta tendência de ampliação da participação desse perfil na geração compartilhada”, observa o relatório (.pdf).

A consultoria avalia que a geração compartilhada pode se manter viável a depender das novas regras que serão definidas após 2029/2031.

“Redução de preços de equipamentos, queda na taxa de juros e tributação são fatores que podem contribuir para maior atratividade do modelo de negócio”, pontua.

Desafios

Embora o mercado esteja indicando crescimento, a Greener pontua que a viabilização e implementação de novos projetos enfrentam desafios como conexão à rede e captação de recursos para investimento.

“A aceleração no volume de empreendimentos se esbarra em construtores experientes já atuando com capacidade máxima de obras sendo executadas em paralelo, fazendo com que a contratação de EPCistas (empreiteiros) também seja citada como um grande obstáculo”, completa.

 

Fonte: https://epbr.com.br/energia-solar-por-assinatura-deve-movimentar-r-10-bi-em-investimento-ate-2025/