16/07/09 09h58

Endividamento cai em São Paulo

O Estado de S. Paulo

As condições de crédito ao consumidor hoje, como o endividamento das famílias, as taxas de juros e os prazos de pagamento, já são melhores que em setembro do ano passado, quando eclodiu a crise global e os bancos frearam os financiamentos. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), que será divulgada hoje, revela que 46% das famílias paulistanas estão endividadas. Dos 3,2 milhões de famílias que moram na capital, 1,6 milhão comprou alguma coisa a prazo. Em termos porcentuais, é um nível bem menor que o registrado em julho e setembro de 2008 (53%) e junho deste ano (49%).

O resultado de julho indica também que, pelo terceiro mês consecutivo, houve recuo no endividamento das famílias, que atingiu o pico em abril deste ano (55%). Segundo o economista da Fecomércio-SP, Altamiro Carvalho, o endividamento cresceu no início do ano por causa das dívidas assumidas no fim de 2008. Mas, a partir de abril, as famílias abriram mão das compras financiadas e o endividamento caiu. "Além disso, o perfil do endividamento hoje está mais saudável", ressalta o economista. A pesquisa mostra que 71% das famílias têm dívidas de até um ano. Também 59% delas têm comprometido até 30% da renda mensal com dívidas, que é um dado positivo.

Pesquisa de juros da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que, pelo quinto mês consecutivo, a taxa média de juros ao consumidor recuou. Em junho, o juro médio ficou em 7,26% ao mês, o menor desde abril de 2008. A taxa média de junho ficou abaixo da de maio (7,28%), de junho e de setembro de 2008, de 7,33% e 7,46%, respectivamente. Em relação aos prazos de financiamento, a pesquisa indica que o nível de junho se equipara e até supera o do mesmo mês de 2008.