22/09/11 17h52

Encomendas chinesas turbinam a Embraer

Brasil Econômico

Companhia espera vender 975 jatos aos asiáticos em 20 anos e superar crise 

A crise internacional não será um grande problema para os negócios da fabricante Embraer. O vice-presidente de aviação comercial da empresa, Paulo César Souza e Silva, prevê que, no ano que vem, os pedidos de aviões deverão ser iguais ou um pouco maiores que as realizadas em 2011.
“Não estamos vendo reduções de pedidos apesar da crise que se instala na Europa. As companhias aéreas sabem que tem que investir e não devem diminuir os pedidos. A demanda ainda está boa, deverá cair um pouco, mas nada que altere nosso planejamento. Não ocorreram desistências na carteira", diz Souza e Silva.

A carteira de pedidos da Embraer até o segundo trimestre totalizou US$ 15,8 bilhões e, no mesmo período do ano passado, as encomendas somaram US$ 15,3 bilhões. "Devemos entregar cerca de 100 aeronaves este ano e em 2012 manteremos este ritmo. O mercado ainda está comprador e vamos ter vendas melhores que em 2010, temos três meses ainda de negociações", afirma o executivo.

Um dos mercados que vem sustentando a demanda em alta alta é o chinês. A Embraer prevê que nos próximos 20 anos venderá 975 novos jatos para clientes chineses, o que representa 13% das encomendas globais. Desde 2000, a Embraer já entregou 90 jatos comerciais de até 120 assentos ao país da grande muralha.

Europa
Outro mercado importante para a Embraer é a Europa, a região tem 25% de participação nos negócios totais da companhia. "Temos clientes importantes e estamos em processo de prospecção de novas vendas na região" , diz Souza e Silva.

Uma das empresas que deverão realizar encomendas à fabricante brasileira é a Alitalia. A companhia, que já tem uma encomenda de 20 jatos dos modelos 190 e 175, vai definir até o final deste ano se encomenda ou não mais quatro aviões. O presidente da Alitalia, Rocco Sabelli, diz que a empresa está em processo de renovação de sua frota para atender a demanda crescente. A Alitalia tem um plano de renovação de frota e deve investir até 2012 cerca de ¤ 2 bilhões. "Dois terços desse volume já foi aplicado e até o final do ano que vem vamos finalizar o investimento”, diz o presidente da companhia.